Roubaram meu namorado pelo Orkut
Meus romances foram interceptados por aproveitadoras virtuais
A investigação toda durou três meses
Foto: Divulgação
Sempre fui ciumenta. E por isso, desde o primeiro dia de namoro com o Marcos Augusto, em 12 de junho de 2006, checava o Orkut dele todos os dias. Não demorou muito para notar que havia algo estranho no ar. Sempre que entrava na página do Marcos, via mensagens de um tal de Gabriel. Tudo bem, se não fossem mensagens pedindo a conta do MSN ou passando o número do celular. Achei aquilo muito estranho e resolvi investigar. Será que meu namorado era gay?
O Gabriel era uma mulher
Liguei para o telefone que vi no Orkut do Marcos e atendeu uma mulher. Fiquei louca de ciúmes e decidi tirar aquela história a limpo. Mandei uma mensagem de texto pra ela pedindo seu MSN e criei uma conta com o nome de Pablo. Coloquei a foto de um homem qualquer e me fiz passar por um universitário legal e bonito que queria conhecê-la. Seu nick era Ângela, mas, na verdade, se chamava Denise.
Ela caiu na minha conversa e aos poucos foi confiando em mim. Denise disse que estava envolvida com cara que tinha namorada mas que ele ia terminar com ela. Eu, no caso. Dizia que se encontravam sempre e tal. Mas como eu não tinha provas, não podia fazer nada ainda.
Liguei pra ela e ouvi a voz do Marcos
Durante toda a investigação, que durou três meses, fui fria e cínica com o Marcos. Agia como se não soubesse de nada. Até que, um dia, a Denise colocou uma foto dela com o Marcos na janelinha do MSN. Eles estavam se beijando em uma fazenda onde a gente sempre ia. Nossa, foi o fim da picada!
Então, dias depois ele me ligou dizendo que não poderia vir à minha casa. Ok. De noite, liguei pro celular dele. Desligado. Liguei então para o dela e, quando ela atendeu, ouvi a voz dele. Ai, foi horrível!
No dia seguinte, fui à casa dele e contei o que sabia. Marcos confirmou tudo. Denise se aproximou dele pelo orkut. Ela o conhecia de vista e por mensagens marcaram de ir a uma festa. Lá inventaram a história de ela escrever para ele em nome do tal Gabriel e assim eu acabei dançando. Não fosse esse maldito Orkut, ele nunca teria conhecido essa tal de Denise.
Apesar de toda a confusão, não saí do Orkut. E, em fevereiro deste ano, conheci o Carlos no site. Participávamos de uma comunidade. Como sou baiana e ele mora em Maceió, começamos a namorar por MSN e telefone. Até que, em maio, o Carlos veio me conhecer.
Tudo ia bem até que, dia 10 de junho, entrei no Orkut dele e vi que o Carlos estava trocando mensagens românticas com uma tal de Lia. Não tive dúvida: entrei numa comunidade da qual faço parte, Lindas de Jequié – BA, e comecei a trocar mensagens de amor com um paulista. Só pra provocar o Carlos mesmo. Mas a reação não foi a esperada. Em vez de ficar com medo de me perder e largar mão da outra, ele me deu um fora pelo Orkut, na véspera do dia dos namorados!
Ah, depois dessa, decidi sair definitivamente do Orkut. Não quero mais saber de confusão. Deus me livre! Esse site é um destruidor de corações!