Peguei 25 na festa de Barretos
Além da boa música e dança, tem muito homem interessante. É impossível ficar sozinha no rodeio
Dá pra ficar com carinhas de vários
estilos, tribos e tipos
Foto: Divulgação
Adoro o universo country e desde 2004 vou ao grande evento do gênero, a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, no interior de São Paulo. São dez dias de farra. A festança acontece em agosto no conhecido Parque do Peão. No ano passado, cheguei lá no último dia para aproveitar o finalzinho da festa. Sabia que iria me divertir nesse verdadeiro carnaval sertanejo!
Em 2006, beijei mais de 25 carinhas na festa. Foi incrível! Na ocasião, eu e mais nove amigos alugamos uma casa em Barretos para aproveitar quatro dias de festança. Assistimos aos shows, intercalados pelos rodeios. Mas não apenas fãs de country ficam satisfeitos. Também há tendas com música eletrônica e dance. Por isso, tem gente de tudo quanto é tipo e tribo em Barretos, o que é ótimo. Dá para ficar com carinhas de vários estilos.
A pegação acontece mesmo na avenida 43 de tarde, antes de o show começar. A avenida fica fechada e tem segurança policial. Algumas caminhonetes param com o som alto. Se não tomar cuidado, os homens te laçam, prendem em uma rede, beijam e passam a mão. Por isso, é importante ir com um amigo de guarda-costas. Brinco com minhas amigas que mulher que entra na 43 no período fértil, é batata, fica grávida!
A rua principal fica lotada e os caras, parados em volta dos carros, “catam” quem passar por ali. A única coisa que é difícil ver é homem com homem e mulher com mulher.
Logo no primeiro dia de festa eu beijei seis meninos. Se eu achava alguém bonitinho, não perdia tempo: já lascava um beijo. Às vezes não dava nem tempo de pensar, era agarrada. Não rolava nem uma conversinha. Depois de uns cinco minutos, me virava e saia andando. Pra quê compromisso?
Os shows do Parque do Peão terminam por volta das duas horas da manhã. Mas é aí que a festa começa. O pessoal come alguma coisa nas barracas e se prepara para uma noite inteira de bailão sob uma tenda enorme.
Lá, todo mundo dança com todo mundo. Algumas músicas são coreografadas, outras para dançar de rostinho colado, mesmo que não role um clima de romance. Não é por que um carinha me tira para dançar que está a fim de mim, né? Só sei que danço até de manhãzinha e volto pra casa só pra dormir.
Muitos ficantes que conheci na festa do peão viraram amigos aqui em São Paulo. Fora de Barretos, acaba o encanto, a vida retoma seu curso normal e não tem mais oba-oba. Mas, por um lado, isso até que é bom. Não dá para ficar nesse ritmo o ano inteiro, né? Seis por dia, 180 por mês, 2.190 por ano…Sem chance!