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Paixão por acaso

Na festa junina do filho, Clara troca olhares com José. Apesar de casados, eles tentam manter a relação, mas nem tudo acaba bem.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 04h26 - Publicado em 13 jan 2010, 21h00
Carminha Nunes (/)
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Uma relação paralela ao casamento…
Ilustração: Getty Images

Depois de doze anos casada, eu levava uma vida rotineira. E apesar de ter pouca idade, já nem pensava em amor. Era o mês do meu aniversário e eu estava muito triste, pois essa data era insignificante para o meu marido. Um dia antes de completar anos, haveria uma festinha junina no colégio do meu filho. Estava cansada e sem ânimo para ir, mas o pequeno fazia questão da minha presença. Sem a menor vontade, vesti uma roupa comum e fui para a escola. Mal podia imaginar o que aconteceria lá.

Na hora da dança, quando todos os pais assistiam aos passos de seus filhos, percebi a presença de um homem. Ele chamava a atenção de uma criança, todo orgulhoso. Os olhos desse pai brilhavam. Fiquei fixada nele.

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Não conseguia desgrudar meus olhos. Me peguei imaginando como queria que o meu marido tivesse a mesma atenção que esse pai. Estava perdida em meus pensamentos, quando notei que ele também me observava. Sem graça com aquela situação, me retirei. Encostei em uma barraquinha, mas não conseguia parar de pensar naquele homem.

Comprei um churrasco e, enquanto comia, apareceu uma professora que me distraiu. Estava conversando com ela quando o homem passou, me encarando com um olhar que me despia. Fiquei paralisada, perdi o controle! Até a professora percebeu.

Minutos depois, ela me deixou sozinha. O homem se plantou bem na minha direção e ficou me observando. Tentava fugir daquele olhar que me perturbava, mas ele foi se aproximando e se apresentou. Disse que se chamava José e que tinha ficado impressionado comigo. Logo depois, pediu meu telefone. Recusei, dizendo que aquilo não estava certo pois éramos casados.

Ele me respondeu, abrindo um sorriso maravilhoso:

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– “Isso só torna as coisas mais fáceis!”

Pedi, meio sem graça, que não insistisse no assunto. Fiquei morrendo de medo de que meu filho chegasse. Como ele não desistia, acabei sugerindo que ele me desse seu número. Falei que eu o procuraria.

Mas no meu interior, estava certa de que não ligaria. Ele não era bobo e disse:

– “Fica mais fácil eu te ligar.”

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Acabei concordando, para que José fosse embora.

O final de semana passou e, junto com ele, meu aniversário. Já nem lembrava mais daquele moço negro, tão atraente. Mas na segunda-feira o telefone tocou.


 

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