Os convidados pagaram o meu casamento
Eu não tinha dinheiro para fazer uma festança, então cobrei R$ 25 de cada convidado
Foi tudo como sempre sonhei!
E não gastamos nadinha!
Foto: Arquivo pessoal
Conheci meu marido Edson em um concurso de dança country, em São Paulo. Como ele morava em Franca, no interior, namoramos à distância por um ano. Quando finalmente decidi mudar para a cidade dele, tive que morar na casa da minha sogra até conseguirmos nosso próprio apartamento. Mas, após essa conquista, priorizamos investir na construção de um lar aconchegante e deixamos a festa de casamento em segundo plano. E é claro que não sobrou nenhum dinheiro para o meu sonho do vestido branco, bordado.
Mas eu estava na hora certa e no lugar certo. Explico: eu trabalhava como secretária de uma produtora responsável por um programa de TV local de Franca. Pra minha sorte, esse programa estava cobrindo um workshop sobre os casamentos que aconteciam na cidade e precisava de um casal interessado em se casar lá, no próprio local. Quando eu soube, pensei: “É uma oportunidade única de ter meu casamento organizado por profissionais!”. Falei com o Edson e topamos ser o tal casal. Nossa cerimônia foi toda paga pela produção do workshop: decoração, trâmites legais, as roupas das damas de honra, as do meu noivo e até o meu vestido de noiva. Ah, e ainda ganhei um dia da noiva, para que eu chegasse arrasando!
>> Já tinha casa montada. Presente pra quê?
Como ganhamos a cerimônia, decidimos fazer a festa. Mas, e a grana? Surgiu, então, uma idéia proposta por amigos: não receber presentes de casamento e sim uma contribuição financeira de cada convidado. Achei perfeito, pois uma vez que já tínhamos a casa montada, os presentes seriam um luxo desnecessário.
>> Não pesou no bolso de ninguém
Fixamos o valor de contribuição em R$ 25, bem menos do que cada um gastaria se fosse comprar um presente. E quer saber? Todo mundo ficou bem feliz em poder colaborar com uma noite tão especial pra gente sem que isso pesasse no bolso. Arrecadar o dinheiro não foi um problema. Pedi aos amigos de São Paulo e Campinas que depositassem direto em nossa conta no banco. Do pessoal de Franca, meu marido arrecadou pessoalmente. Aliás, o Edson foi um supercompanheiro. Ele me ajudou em cada detalhe da organização.
>> A festa me realizou No dia 16 de agosto de 2008, cheguei na cerimônia em um vestido branco de cetim bordado, frente única. Estava tudo perfeito! Tinha até uma banda ao vivo tocando pra nós! Meu noivo também estava superelegante em um terno preto. Depois da oficialização, foi a hora de fazermos a nossa festa. A comemoração foi pequena, mas a alegria de ver meus amigos ali, nos ajudando a realizar um sonho, foi enorme. Também não tivemos uma viagem de lua de mel, mas ganhamos uma noite de núpcias em um dos melhores hotéis de Franca. Um ano depois de nos casarmos, nasceu nosso primeiro filho, o Murilo, que hoje tem nove meses. Eu não poderia estar mais feliz!