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O coletor menstrual pode ajudar a mulher a ter mais prazer no sexo?

Lembrando que o copinho não deve ser utilizado durante o ato, tá?

Por Priscila Doneda
Atualizado em 21 jan 2020, 07h43 - Publicado em 15 jul 2016, 08h59

Embora ainda seja encarado com certa estranheza por algumas pessoas, o coletor menstrual vem se popularizando e, cada vez mais, ganhando uma legião de adeptas. Recentemente, a Intimina, uma fabricante de produtos de higiene feminina, divulgou os resultados de uma pesquisa, a fim de mostrar que, entre as possíveis vantagens do coletor, estaria a melhora da vida sexual daquelas que o utilizam durante o período menstrual.

O levantamento foi feito com 1500 mulheres, que foram questionadas sobre o que mudou em suas vidas depois que trocaram os absorventes íntimos tradicionais pelo copinho. De acordo com a publicação, além de ser um produto sustentável e bem mais econômico que os absorventes comuns, foi observado entre as usuárias que:

  • 36% tiveram cólicas mais fracas e menos frequentes
  • 62% sentiram menos odor
  • 66% perceberam menos secura vaginal
  • 46% disseram dormir melhor
  • 26% alegaram que a vida sexual melhorou
  • 84% se sentiram mais confiantes durante o período menstrual
  • 78% ficaram mais confortáveis com o próprio corpo

Dessa forma, a melhora da vida sexual estaria relacionada à diminuição da secura vaginal e permanência da lubrificação natural, ao fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e ao autoconhecimento e autoconfiança proporcionados pelo uso do coletor. Para esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto, conversamos com a Dra. Bárbara Murayama, ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, de São Paulo.

Raquel Camacho/Thinkstock/Getty Images
Raquel Camacho/Thinkstock/Getty Images ()

De acordo com a especialista, não há qualquer indicação científica que realmente comprove esses dados“O benefício que parece existir é que algumas mulheres têm desconforto e/ou alergia aos componentes do absorvente. Usando o coletor, elas podem ter menos irritação da vulva e isso deixa de ser um problema para a relação sexual”, explica.

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Ademais, embora tenha sido divulgado um caso de choque séptico (em que a usuária teve contaminação pelo sangue acumulado no coletor), de acordo com a médica, o seu uso não apresenta risco superior ao oferecido pelos absorventes internos, por exemplo. Mesmo assim, esse não é um procedimento sem nenhum risco: “Com ele, a mulher não sente a menstruação, então, é preciso ficar atenta aos procedimentos de higiene indicados pelo médico e pelo fabricante do produto para não ter problemas. Se tiver qualquer sinal de secreção ou odor diferente, ela deve interromper o uso e procurar o serviço médico. Além disso, é importante lembrar que não se deve fazer sexo com o copinho“, atenta. 

Raquel Camacho/Thinkstock/Getty Images
Raquel Camacho/Thinkstock/Getty Images ()

Sobre a possibilidade de redução da secura vaginal, a profissional conta que as mulheres que têm alergia a algum componente do absorvente e sentem coceira por longos períodos podem desenvolver doenças que causam o ressecamento. “Para estas, o uso do coletor menstrual pode ser um alívio, mas, para as demais, não é um diferencial”, aponta. Além disso, a especialista nega que o copinho possa colaborar para a melhora da força dos músculos da região. “O coletor não pode ser confundido com instrumentos de fisioterapia de assoalho pélvico, mesmo porque não cumpre a mesma função. Existem instrumentos que os fisioterapeutas usam e fazem exercícios próprios“, ressalta.

No entanto, o copinho pode, sim, ajudar a mulher a conhecer melhor o corpo. “Neste aspecto, o coletor colabora da mesma maneira que o absorvente interno. Qualquer movimento que a mulher faça para se tocar e se conhecer é bacana. Coletor, absorvente interno, camisinha feminina e anel vaginal fazem com que a mulher se toque e se conheça. Isso é muito importante para higiene e também para a sexualidade. Ela precisa se conhecer para fazer o uso correto destes dispositivos”, orienta. Além disso, no que diz respeito ao prazer, o autoconhecimento pode ser determinante. “Quando a gente conhece o nosso corpo, a gente sabe o que é ruim e o que é bom. A sexualidade é muito relacionada ao autoconhecimento e ao conhecimento do(a) parceiro(a). Quando a mulher conhece seu corpo, fica mais fácil dizer do que gosta e onde sente mais prazer, sem precisar ficar em um jogo de adivinhação”, completa.

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