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Não aceitei ser a outra

Neguei minha paixão. Tive que usar a cabeça, não o coração

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 11h12 - Publicado em 6 nov 2008, 21h00
Marcela Delphino (/)
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Ser a outra para sempre não era para mim
Foto: Arquivo pessoal

Trabalhava em um posto de gasolina que servia de ponto de apoio a caminhoneiros. Tinha restaurante e hotel. Em uma tarde, um comboio com 12 motoristas chegou ao hotel. Eu estava acostumada a aturar o atrevimento dos caminhoneiros que passavam por lá. Foi por isso mesmo que um deles me chamou a atenção. O Duda era quieto, não jogava cantadas baratas.

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Numa noite gelada os motoristas acenderam uma fogueira, havia música e vinho. O Duda se aproximou de mim, disse que estava frio e me abraçou. Eu já estava meio alegre, do abraço para a cama dele foram apenas alguns passos. Na manhã seguinte ele pediu que eu me mudasse para o quarto dele.

No mesmo dia, ele me contou que era casado e pai de três filhos. Tudo bem! Eu só queria momentos de prazer. Fato é que acabei me envolvendo com aquele homem tão carinhoso. Eu cuidava dele como marido, e o quarto do hotel era a nossa casa. Passamos oito meses assim. Até que ele foi ver a família num final de semana e sumiu.

Soube pelos outros caminhoneiros da empresa que o Duda tinha sido promovido e agora só faria grandes entregas pelo País. Fiquei sem notícias. Mas, depois de um mês, ele apareceu de surpresa: “Você tem coragem de correr o Brasil comigo?”

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Sofremos um acidente

Joguei algumas roupas na mochila e deixei recado para o patrão. Depois eu voltava pra acertar minhas contas. Aquela boléia agora era a minha casa. Durante um ano vivemos assim, tomando banho de rio, armando rede embaixo de árvore, vivendo de amor. Não me importava em lavar roupa nos postos. Eu era movida à paixão.

Até que, depois de mais de um ano e meio vivendo na boléia, algo terrível interrompeu nossa alegria. Numa noite de temporal o caminhão caiu numa ribanceira. Só acordei dois dias depois no hospital. Comecei a chorar com desespero, foi quando apareceu uma enfermeira simpática: “Garota, você está numa fria. Nós achávamos que você era a esposa do Eduardo e, de repente, chegou uma mulher descontrolada aqui”. Interrompi-a e perguntei por ele. Estava vivo, mas bastante ferido.

 

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