PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Amor de carnaval: como superar o rolo que não deu certo?

Relacionamentos de curta duração podem ser intensos e difíceis de superar

Por Lorraine Moreira
21 fev 2023, 07h11
amor de carnaval
Carnaval é cenário para relacionamentos intensos de curta duração. (Lucxama Sylvain/Pexels)
Continua após publicidade

Todo mundo tem uma história de paixão que acontece no momento mais inesperado possível. Você decide ir ao bloquinho para viver a plena solteirice e, quando menos espera, esbarra no amor – o clássico apaixonados pelo Carnaval que se apaixonam no Carnaval. É sua alma gêmea, vocês nasceram um para o outro! Pelo menos naquela semana era isso. Só que acabou. O que fazer, então, quando o final não dá certo? Quando não é o que pensamos que fosse? Como sobreviver ao fim de um relacionamento que nem começou? Aos leitores que estão na fossa, a CLAUDIA dedica este texto.

Por que nos apegamos em tão pouco tempo?

Inícios de relacionamentos amorosos nos fazem entrar em contato com o que há de melhor no outro. Essa, segundo a psicóloga de casais Sibelle Lopes, é a explicação para que algumas pessoas se envolvam tão profundamente em períodos curtos. “É uma fase de encantamento mútuo, que ainda não dá a possibilidade de conhecer a parte negativa da pessoa”, completa. Em uma situação de conquista, a nossa idealização aflora ainda mais a paixão.

Características emocionais de cada um também interferem na facilidade de se apaixonar. “Pessoas ansiosas e inseguras tendem a entrar em relacionamentos muito mais intensamente, pois sentem que precisam fundir o vínculo com o outro nas relações.” Isso é oriundo, em geral, do repertório emocional que esse indivíduo teve desde sua infância, e tende a ser um padrão relacional construído ao longo dos anos, de acordo com ela.

beijo carnaval
Romances de curta duração não mostram o lado negativo da outra pessoa. (Pollyana Ventura/Getty Images)

Como lidar com o fim?

O encerramento de um ciclo com uma carga tão positiva e intensa, cheia de prazeres e idealizações, sem ter espaço temporal suficiente para conhecer o lado negativo da outra pessoa, pode trazer um sofrimento tão forte quanto foi a paixão. Alimentar fantasias, nesse momento, não é a melhor opção para superar, explica a especialista.

Continua após a publicidade

“Mesmo sabendo que a outra parte não deseja uma relação, algumas pessoas aceitam migalhas emocionais. Qualquer palavra é um sinal de esperança e, muitas vezes, a pessoa apaixonada aniquila não somente as suas necessidades emocionais, como também a possibilidade de seguir em frente e encontrar alguém com quem possa construir uma relação de verdade”, alerta.

Lembrar do indivíduo como um “par perfeito”, dessa forma, pode ser extremamente prejudicial. Assim, a psicóloga recomenda questionar-se: a pessoa demonstra desejar um nível mais profundo de envolvimento? “Considere também que, por mais maravilhosa que possa ser a conexão entre vocês, estão experienciando apenas um recorte na realidade de cada um.” 

Para este último caso, reflita sobre a sua realidade, a do outro e como isso atrapalha ou contribui para o que poderiam viver. Lembrar das próprias características positivas é importante, conforme Sibelle indica, porque, ao colocar o outro no pedestal, é comum se inferiorizar e acreditar que não é tão boa, o que acaba por iniciar esse ciclo novamente no futuro.

Continua após a publicidade

“Cuidado com os pensamentos do tipo ‘ele é perfeito’, ‘é a pessoa certa pra mim’. Embora possa ser alguém com quem você vá ser muito feliz, se houver potencial para um relacionamento, vocês podem descobrir isso aos poucos.”

término
Superar fim de relacionamento exige atenção em si mesmo. (Vera Arsic/Pexels)

Vivencie o luto

Pular a etapa do sofrimento e emendar um novo amor ou ignorar essa dor podem não ser as melhores maneiras de lidar com a situação. O que fazer, então? “Permita-se a vivenciar o luto. Seja uma relação curta ou longa, seu fim é uma perda. E para que essa dor se dissolva, é importante que ela seja sentida. Chore, converse com quem confia”, esclarece a profissional, que completa: “em um dado momento, é preciso sacudir a poeira e se fortalecer. Cuide das suas relações presentes, como as com suas amizades e seus familiares.”

Focar naquilo que te faz bem, investir em um novo conhecimento ou metas profissionais, criar novas amizades e conhecer lugares são mais algumas dicas dela. “Tudo isso vai contribuir para a lapidação da sua autoestima. Por outro lado, evite stalkear redes sociais e, se possível, afaste-se de situações que causem dor e ansiedade”, termina.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.