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A traição esquentou meu casamento

Eu deixei de ser Amélia e passei a frequentar clubes de casais com o meu marido

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 09h18 - Publicado em 16 fev 2009, 21h00
Marcela Delphino (/)
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Quando o Sandro  me traiu, passei a cuidar 
mais de  mim. Hoje, nos curtimos muito!
Foto: arquivo pessoal

Há quatro anos, eu e meu marido, o Sandro, morávamos em São Paulo, quando ele conseguiu um emprego em Santa Catarina. O problema é que ele só poderia voltar para casa um final de semana por mês.

Nessa viagem de oito meses ele se envolveu com uma garota. Quando voltou para casa de vez, o Sandro não conseguiu esconder a traição. Ele tomou a iniciativa de me contar tudo. Fiquei arrasada, mas ainda o amava.

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Foi muito difícil encarar a situação, mas eu precisava reagir, pois temos dois filhos. Depois de muita conversa, o Sandro me disse que foi um momento de fraqueza. Então, decidi perdoá-lo e, imediatamente, algo mudou dentro de mim.

No meu entender, a traição mostrou que eu e o Sandro não éramos só pai e mãe, mas também um casal apaixonado que precisava esquentar a relação.

Minha vida de casada se resumia aos cuidados com a casa, os filhos e o marido. Eu levava as crianças pra escola, fazia o almoço na hora certa, cuidava das roupas, buscava as crianças na escola… Era hora de investir em mim. Minha primeira atitude foi correr atrás de um sonho antigo. Então, me matriculei num curso de técnico em enfermagem.

Concluí que eu havia parado no tempo

Ter uma profissão mudou minha visão de mundo. Eu via as meninas de 20 aninhos no curso e olhava para mim… Eu havia parado no tempo! Estava com 30 anos e tinha muito pra viver.

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A traição realmente veio para nos fortalecer. Tanto que, quando meu marido foi trabalhar em Santa Catarina novamente, a família toda foi junto!

Eu sempre gostei de dançar. Então, dei a ideia pro Sandro de sairmos para conhecer coisas novas. E propus uma ida a um clube de swing, que promove encontros entre casais. A gente tinha ido uma vez, quando éramos recém-casados. Ele topou, e agora vamos sempre. Lá, a gente dança, bebe e relaxa – mas não nos envolvemos com outras pessoas.

Quando você fala que vai a um clube de swing, as pessoas logo pensam que é pra transar com outros casais. Isso é ignorância! Dá pra se divertir como numa danceteria qualquer. Prefiro os clubes de casais porque os frequentadores são mais maduros. Não tem molecada. São pessoas adultas, que têm um bom papo.

Eu e o Sandro até conversamos sobre ficarmos com outras pessoas. Confesso que tenho curiosidade de ficar com outro homem… Acontece que sou muito ciumenta e não sei se aguentaria ver o meu marido com outra mulher. Então, não passa de curiosidade.

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O máximo que fazemos é brincar com os dançarinos e dançarinas da casa. Aí, eu tiro uma casquinha, né? Mas não vai além de uma dança sensual. Em dezembro, fomos a uma festa à fantasia num clube: eu de enfermeira sexy e meu marido de presidiário. Foi muito divertido!

Agora o Sandro é só elogios comigo

Hoje, após 18 anos de casados, o Sandro me vê de outra forma. Ele me elogia muito mais! Até meus filhos estão orgulhosos de mim. Isso é o máximo!

Na minha opinião, toda mulher precisa descobrir a força que possui dentro de si. Eu não sabia que tinha tanta energia pra gastar… Hoje, sou uma nova mulher: mais feliz, realizada pessoal e profissionalmente. Estamos num momento muito bom na nossa vida – e graças àquela aventura do Sandro.

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