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Transplante de útero permitirá que mulheres inférteis engravidem

Após anos de testes e pesquisas, equipe de Cleveland se prepara para realizar os primeiros transplantes do órgão

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 14h38 - Publicado em 13 nov 2015, 15h42

Antes restritos a salvar vidas, os transplantes de órgãos agora podem melhorar a qualidade de vida e a realizar o sonho de muitas mulheres. Dentro de alguns meses uma equipe de cirurgiões da Cleveland Clinic espera se tornar o primeiro hospital nos Estados Unidos a transplantar um útero em uma mulher para que ela possa engravidar e dar à luz. 

As pacientes escolhidas deverão ser mulheres que nasceram sem útero, que por motivos médicos precisaram remover o órgão ou que sofreram danos uterinos.

É importante dizer que o transplante não será definitivo. O útero deverá ser removido após a concepção de um ou dois bebês. A remoção é necessária para que a paciente possa interromper o uso dos medicamentos antirrejeição.

The New York Times
The New York Times ()

O doutor Andreas G. Tzakis, a força motriz por trás de todo projeto, explicou o que motivou o início das pesquisas. “Há mulheres que não adotam por razões pessoais, culturais ou religiosas. Essas mulheres sabem exatamente do que o transplante se trata. Elas estão informadas dos riscos e benefícios. Elas têm, na verdade, muito tempo para pensar sobre isso. Nosso trabalho é tornar o processo tão seguro e bem sucedido possível”, disse ao New York Times.

Até agora, a Suécia é o único país onde os transplantes de útero foram concluídos com sucesso. O experimento foi realizado na Universidade de Gotemburgo com um útero de um doador vivo. Nove mulheres receberam transplantes – quatro já deram à luz, a primeira em setembro de 2014. Todos os bebês nasceram saudáveis, embora prematuro. Dois transplantes falharam e tiveram que ser removidos. Duas tentativas anteriores – uma na Arábia Saudita e outra na Turquia – falharam. 

Apesar da polêmica em torno do uso de drogas antirrejeição durante a gravidez, a  equipe de Cleveland está segura de que as taxas de complicações serão muito baixas.  Tzakis passou um longo período pesquisando casos de milhares de mulheres com rins ou fígados transplantados e que continuaram tomando os medicamentos antirrejeição durante a gravidez. A maioria esmagadora tinha dado à luz bebês saudáveis. 

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Para evitar colocar em risco doadoras saudáveis, os transplantes serão feitos com órgãos de falecidas. Assim, não há necessidade de se preocupar com os ferimentos e o órgão pode ser removido mais rapidamente.

Para serem elegíveis, as candidatas devem estar em um relacionamento estável, porque vão precisar de ajuda e apoio.Eles também devem ter ovários. A fase inicial inclui triagem de transtornos psicológicos ou problemas de relacionamento que possam interferir com a capacidade da candidata para lidar com um transplante e ser parte de um estudo. 

Uma vez que as trompas de falópio não serão ligadas ao útero transplantado, uma gravidez natural será impossível. Todos os receptores vão passar por fertilização in vitro.

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Uma das principais candidatas ao transplante-teste conversou com o jornal sobre sua expectativa. Seu nome foi mantido em sigilo por pedido da paciente. Em entrevista à publicação ela revelou que tinha apenas 16 anos quando descobriu que a ausência de menstruação era causada por uma má formação. Ao nascer ela possuía ovários, mas não útero. Devastada com o diagnostico, ela nunca desistiu de realizar o sonho de ser mãe.  Com os avanços médicos, a possibilidade do transplante soou como um lampejo de esperança.

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