Tire suas dúvidas sobre o suor e conheça os principais tratamentos
Verão é sinônimo de praia, sol a pino e, inevitavelmente, transpiração. O suor é sinal de que o organismo está bem, mas, em excesso, pode ser doença.
A transpiração se torna um problema grave quando começa a interferir na vida social.
Foto: Getty Images
O incômodo é inevitável, mas a verdade é que suar sinaliza que seu organismo está em ordem e funcionando bem. “O papel da transpiração é regular a temperatura corporal, processo que chamamos de homeotermia”, explica a dermatologista Thais Pepe, responsável pela área de dermatologia dos hospitais Santa Joana e Pro Matre, em São Paulo. O suor varia muito de pessoa para pessoa, sendo difícil medir quanto é normal transpirar – e quando. O mais comum, claro, é que isso aconteça em situações que elevam a temperatura corporal, como durante a atividade física intensa e em dias muito quentes. Mas há também a transpiração desencadeada por momentos de stress, ansiedade e irritação. “Nesses casos, ocorre a liberação de hormônios, como a adrenalina e a noradrenalina, que estimulam as glândulas sudoríparas a produzir mais suor”, explica a dermatologista Carolina Ferolla, de São Paulo. O problema torna-se mais grave se começa a interferir na vida social – algumas pessoas se sentem envergonhadas com a blusa molhada, evitam dar a mão aos outros por ter as palmas sempre úmidas ou chegam a escorregar nos sapatos porque os pés estão encharcados de suor. “São situações que caracterizam o quadro chamado de hiperidrose ou sudorese excessiva”, diz Thais Pepe. Aí vale consultar um médico, pois pode haver alterações hormonais e outros distúrbios.
OS PRINCIPAIS TRATAMENTOS PARA A SUDORESE EXCESSIVA
Anidronic
É um aparelho portátil para uso doméstico que se assemelha a uma maleta e utiliza correntes iônicas para diminuir a sudorese. Elas devem ser aplicadas por cerca de 30 minutos, todos os dias, nas mãos, axilas e/ou nos pés. O tratamento é indolor e causa uma sensação parecida com um formigamento na área. “É um recurso para casos não muito graves”, diz a dermatologista Carolina Ferolla.
Quanto custa – 265 reais o aparelho próprio para cada região.*
Toxina botulínica
É um dos métodos mais usados hoje para o problema, e o objetivo é bloquear a ação das glândulas sudoríparas. “A aplicação com agulha é feita diretamente na região, em geral nas axilas, e dura em média oito meses”, explica Thais Pepe. Para ter uma ideia, a quantidade de toxina utilizada chega a ser o dobro da injetada no rosto.
Quanto custa – Mil reais a sessão, em média.*
Simpatectomia
É uma cirurgia realizada próximo às costelas, indicada só para casos extremos. Por meio de videolaparoscopia, faz-se a retirada das glândulas sudoríparas (é possível extrair especificamente as responsáveis pela transpiração das axilas, das mãos ou dos pés). O porém: pode acontecer sudorese compensatória, ou seja, a pessoa passa a suar em outras regiões do corpo.
Quanto custa – 4,5 mil reais, em média.*
*preço pesquisado em novembro/2013