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Doenças silenciosas: saiba quais são e como identificá-las

Muitas doenças não apresentam sintomas fáceis de identificar e só são descobertas quando o quadro já se agravou.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 14h33 - Publicado em 19 jun 2019, 16h23
woman getting ultrasound of a thyroid from doctor (AlexRaths/ThinkStock)
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A gente sempre acha que sabe quando está doente, afinal o corpo dá sinais, como febre e dores, certo? Errado! As chamadas doenças silenciosas não apresentam sinais aparentes. “Muitas vezes, o paciente fica anos sem ter sintomas ou com sintomas pouco específicos, como cansaço e mal-estar”, explica a Dra. Andressa Heimbecher, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Em muitos casos, o diagnóstico, realizado por meio de exames laboratoriais, acaba chegando tarde demais, quando o quadro já está avançado. Por isso, a endocrinologista ressalta a importância dos exames médicos realizados pelo menos uma vez por ano

Veja abaixo quais são as doenças silenciosas mais comuns e os exames necessários para diagnosticá-las. 

1. Diabetes

“Atualmente, o Brasil possui cerca de 12 milhões de diabéticos, e estima-se que 40% dessas pessoas não saibam”, aponta o Dr. Odilon Denardin, médico endocrinologista do Labi Exames, que toma como base dados divulgados pelo Ministério da Saúde. 

O diabetes pode passar anos despercebido, mas ao longo do tempo, conforme conta a conta a Dra. Dolores Pardini, diretora do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o “aumento da glicemia vai lesando os vasos e os nervos. Assim, as terminações nervosas ficam comprometidas e, quando a pessoa vê, já possui neuropatias, retinopatias, nefropatias“. 

Como identificar: a doença é diagnosticada por meio dos exames de glicemia, que identifica o nível de glicose no sangue após oito horas de jejum, e de hemoglobina glicada, que, a partir da análise da células do sangue, identifica a média da quantidade de açúcar no sangue.

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2. Hipertensão

Caracterizada por níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias, a hipertensão faz com que o coração precise de mais esforço para bombear o sangue que circulará por todo o corpo. Como consequência disso, a pessoa que tem os valores de pressão máxima e mínima maiores ou iguais a 140/90 mmHg (ou 14 por 9) e corre risco de sofrer de problemas graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), hemorragias cerebrais, problemas renais e distúrbios na vista.

Como identificar: para saber se você sofre de hipertensão basta aferir a sua pressão arterial com frequência, principalmente se você tem casos na família, já que 90% das ocorrências têm causas genéticas. 

3. Disfunções na tireoide

A glândula da tireoide, localizada na base do pescoço, é responsável pela regulação do metabolismo do corpo, através da produção dos hormônios tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Logo, qualquer alteração na quantidade dessas substâncias pode ter um impacto bastante negativo na sua saúde. 

As disfunções na tireoide não são tão silenciosas como as doenças anteriores, uma vez que no caso do hipertiroidismo, quando há excesso de T3 e T4, um dos principais sintomas é o inchaço da glândula. Mas isso não significa que não possa passar despercebida! Já o hipotireoidismo é caracterizado por sonolência, dificuldade para executar tarefas, esquecimento fácil, tristeza, intestino preso e ressecamento da pele, sintomas que muitas pessoas podem ignorar, achando que trata-se apenas de cansaço. 

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Como identificar: qualquer disfunção na tireoide pode ser localizada em um exame de sangue, que irá medir os níveis de hormônios tireoidianos.

4. Osteoporose

Doença multifatorial, a osteoporose pode ser causada pela genética, sendentarismo, falta de consumo de cálcio e vitamina D. Nas mulheres, a ocorrência está muito ligada à chegada da menopausa, uma vez que é durante esse período em que há queda na produção do hormônio estrogênio, essencial para a manutenção dos ossos.

“A gente não percebe que tem osteoporose, a não ser quando as fraturas começam a acontecer”, conta a dra. Marise Lazaretti Castro, médica endocrinologista e diretora da clínica Croce, que destaca a importância de prevenção e identificação antecipada da predisposição ao problemas.

Como identificar: para evitar e tratar de maneira correta as fraturas causadas pela osteoporose, é necessário fazer a densitometria óssea, exame que mede a quantidade de cálcio presente nos ossos e identifica quem possui maior tendência de desenvolver o problema.

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5. Anemia

A anemia acontece quando as células vermelhas do sangue, responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo corpo, estão em quantidade baixa e, portanto, não conseguem realizar sua função corretamente. Existem casos de natureza genética, os que envolvem outras doenças e aqueles em que há falta de nutrientes, como ferro e a vitamina B12.

Os sintomas mais comuns incluem fadiga, cansaço, tontura, mal-estar e sonolência, que também podem caracterizar vários outros problemas e não são suficientes para fazer o diagnóstico por si só.

Como identificar: a única maneira de detectar a anemia é por meio de um hemograma completo, para medir a taxa de células vermelhas no sangue, e outros exames que analisam a falta de nutrientes.

6. Colesterol alto

O colesterol alto é uma das doenças silenciosas mais comuns. A doença acontece quando as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), a parcela ruim do colesterol, está em níveis elevados e acaba acumulando placas de gordura nos vasos sanguíneos ao longo do tempo.

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“A pessoa pode perceber apenas quando tiver um infarto ou um derrame, ou seja, quando a artéria estiver bastante obstruída. Por isso é uma doença silenciosa, que precisa da orientação do profissional de saúde e da consciência que, muitas vezes, mesmo sem sintomas, o paciente está sendo prejudicado”, explica a Dra. Dolores.

Como identificar: para evitar que o colesterol alto se torne algo mais grave, é preciso fazer o exame de colesterol total, também conhecido como perfil lipídico, que mede os níveis de colesterol na corrente sanguínea.

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