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Coordenador da MPF no Rio fala sobre caso Marielle Franco

Para José Maria Panoeiro, forma como o crime aconteceu denota certo grau de planejamento que coloca policias como suspeitos

Por Da Redação
16 mar 2018, 09h53
 (Mídia Ninja/Reprodução)
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O procurador José Maria Panoeiro, coordenador criminal do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, disse à BBC Brasil que uma análise inicial do assassinato da vereadora Marielle Franco aponta para o possível envolvimento de policiais ou agentes milicianos no crime.

O coordenador criminal explicou que milícias são formadas principalmente por policiais militares, mas também por policiais civis, bombeiros e até mesmo integrantes das Forças Armadas.

Ativista dos direitos humanos, Marielle, 38 anos, foi assassinada na noite de quarta-feira (14) no centro do Rio de Janeiro enquanto voltava de um evento em que foi discutido o aumento da violência contra contra mulheres negras. O motorista Anderson Pedro Gomes, 39 anos, que conduzia o veículo, também foi assassinado. Os criminosos não levaram nada.

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Para José Maria, as informações de que o carro foi perseguido por outro, de onde partiram os disparos, além do fato de ela ter morrido com quatro tiros na cabeça, tornam pouco prováveis as hipóteses de uma ação de traficantes ou assaltantes. O carro tinha vidro escuro e atiraram exatamente onde a vereadora estava sentada.

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“A forma de organização do crime, o fato de a assessora não ter sido alvejada diretamente e o fato de o motorista ter levado um tiro por trás denota um certo grau de planejamento (da ação) que leva a colocar policiais como suspeitos da prática do delito”, afirmou o procurador.

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No entanto, ele disse que outras hipóteses também precisam ser averiguadas, porque uma boa investigação não descarta nenhuma possibilidade: “Dentro de uma análise inicial soa pouco provável que, por exemplo, traficantes de drogas de uma determinada comunidade saíssem armados para seguir o carro de uma vereadora que sai de um evento à noite na Lapa. Mas não deve ser descartada essa hipótese porque, quando você investiga, você não descarta nenhuma possibilidade”, ressaltou.

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