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João Santos: “É impressionante a capacidade de transformação das mulheres que sofrem violência quando recebem apoio para reagir”

O empresário é idealizador do projeto "Bem Querer Mulher", que existe há dez anos e já capacitou centenas de agentes para prestar auxílio a mulheres que sofrem violência doméstica

Por Patrícia Zaidan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 00h46 - Publicado em 21 abr 2016, 18h22

Em um dia, João Santos, 40 anos, pode ser visto com uma câmera na mão, na periferia da Zona Leste paulistana, gravando depoimentos de mulheres que sofreram violência doméstica. Ele sempre se emociona atrás das lentes e vai para casa com as histórias na cabeça: “Não me esqueço de Joyce, que, por 11 anos, viveu sob ameaça, enfrentou agressões físicas, verbais e morais. Era como uma prisioneira e conseguiu se libertar”. No dia seguinte, não será difícil encontrá-lo entre lojistas da Oscar Freire, a rua de comércio mais sofisticada de São Paulo, explicando que, se não tiver dinheiro, o movimento que ele criou deixará de cumprir seus objetivos. O Bem Querer Mulher existe há dez anos e já capacitou centenas de agentes (também chamadas de anjos), que ouvem as vítimas nos bairros, dão orientação jurídica, providenciam abrigo para quem precisa sair de casa, acompanham até a delegacia, ao exame de corpo de delito, à vara de violência familiar. Os vídeos que João faz falam sobre isso.

Também presidente da The Key, consultoria de empresas para a área de responsabilidade social, que pertence ao Grupo Full Jazz, ele quer transformar os anjos voluntários em profissionais. A meta é ampliar a atuação dessas mulheres para outras regiões do país. “Nosso orçamento anual é de 500 mil reais. Desse total, 200 mil reais são gastos no curso de qualificação das agentes e na finalização de um aplicativo”, diz. A ferramenta permitirá à usuária achar, pelo celular, as agentes e os serviços de apoio na região onde foi agredida.

Apesar dos tempos de crise, em que as contribuições financeiras a projetos do terceiro setor só caem, o empresário acredita que conseguirá o dinheiro necessário. Talvez sejam o fôlego e a disciplina de atleta que o preparam para as empreitadas do projeto. Ele faz parte da equipe brasileira de polo aquático master, que no ano passado trouxe da Rússia a medalha de bronze do campeonato mundial de esportes aquáticos. Casado, pai de Lucas, 7 anos, João tem sempre no bolso um folder. Terminada uma conversa de negócios ou um bate-papo em roda de amigos, ele entrega o material, que traz a foto da atriz Helena Ranaldi vestindo a camisa da causa e indicando o site oficial com informações de como ajudar. “Falar do movimento é fácil. Difícil é dar a volta por cima. Fico impressionado com a capacidade de transformação daquelas mulheres quando recebem o mínimo de apoio para reagir”, afirma o parceirão das lutas femininas.

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