Corpo de bebê é incinerado por engano em Goiânia
Pais estão indignados. "Não posso enterrar meu filho", disse a mãe
O bebê Rogério Cardoso de Almeida Filho nasceu na quinta-feira, dia 24, na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, Goiás, mas sobreviveu apenas 12 horas. A certidão de óbito alega que o recém-nascido teve problemas respiratórios. Não bastasse a dor dos pais com a morte, os acontecimentos seguintes pioraram a dor.
O pai da criança, Rogério de Cardoso Almeida, saiu do hospital para resolver burocracias do velório e enterro na funerária, mas, quando voltou, o corpo do bebê havia sumido. Depois de investigação, na sexta, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia concluiu que a empresa responsável pelo recolhimento de resíduos biológicos cometeu um equívoco e levou o corpo para incineração.
Já a empresa, a Resíduo Zero Ambiental, afirma que não viola o lixo recolhido, portanto que a culpa teria sido do hospital no momento do descarte. “A empresa apenas recolhe e imediatamente encaminha para o processo de tratamento térmico, conforme regulamentações e normas vigentes. A empresa não é responsável pelo resíduo que é colocado para ser coletado e tratado”, diz a nota oficial.
A mãe do bebê, a dona de casa Juliana Fernandes, de 29 anos, está indignada. “Já estou sofrendo muito porque perdi meu bebê no hospital, e agora não tem nem corpo, não posso enterrar meu filho”, contou, emocionada, no jornal televisivo local.