Conheça o homem que largou tudo e atravessou seu país de bike
Esta poderia ser mais uma história de um nova-iorquino comum de 35 anos chamado Jeffrey Tenenhaus; um organizador de eventos coorporativos desmotivado com seu emprego que trabalhava num escritório sem janelas e cheio de plantas artificiais, mas não é.
Todos nós temos um sonho. Seja ele ambicioso, arriscado ou excêntrico, sonhar é o que nos mantêm sempre na busca por novas possibildades de mudança. Esta poderia ser mais uma história de um novaiorquino comum de 35 anos chamado Jeffrey Tenenhaus; um organizador de eventos coorporativos desmotivado com seu emprego num escritório sem janelas cheio de plantas artificiais, mas não é. Parece que Jeffrey levou ao pé da letra a ideia de que os nossos sonhos são as principais forças motoras das mudanças, e para que elas sejam possíveis precisamos deslocarmos do nosso lugar comum. E foi na melhor hora do seu dia, isto é, quando alugou uma bicicleta perto do parque de Gramercy e pedalou até o trabalho para ser um pouco menos tedioso que Jeffrey se deu conta que precisava por fazer com que seu sonho se tornasse realidade, ou menos longe de ser enfim, realizado. Para quem não sabe, a Citibke é o nome do programa de bicicletas comunitárias da cidade de Nova York. As bikes pesam 20kg e são projetadas para viagens curtas, caso as bikes não sejam devolvidas após 24h, é cobrada uma taxa de U$1.200,00.
A Citibike em Hollywood, Los Angeles.
As coisas começaram a mudar drasticamente quando Jeffrey, além de se demitir, rompeu seu contrato de aluguel no Brooklyn e apenas acompanhado de sua magrela azul viajou para a Califórnia. Começava ali uma história de mais de cinco meses de viagem atravessando os Estados Unidos. Ele apenas havia contado à sua família sobre a aventura em duas rodas, que o apoiou incondicionalmente. E não pense depois de ter passado pelo Texas, Novo México e Nova York, ele se deu por satisfeito. Lugares como a Estrada da Morte na Bolívia, Colômbia e Mianmar também viram passar pelo seu caminho a azulzinha. Considerado pela revista New York Magazine o oitavo motivo para se amar a cidade, em entrevista ao The Guardian no mês passado, o ciclista deixou claro que não começou a pedalar para se tornar famoso: “Não é uma campanha publicitária. Existem formas muito mais fáceis de conseguir publicidade sem ter que pedalar por 5 meses uma bicicleta azul gigante.” Pode parecer clichê de final de filme, mas devemos seguir nossos sonhos, por mais excêntrico que possa parecer pedalar em direção ao pôr-do-sol para se sentir realizado e bem consigo mesmo.
Jeffrey e sua fiel companheira em Illinois.
Confira o site oficial da aventura.