A guru Mother Maya venceu um câncer e defende que uma vida simples traz saúde
Devota da medicina milenar indiana, Maya inclui em seu estilo de vida encontrar suas raízes e sempre valorizar o papel da mulher na transformação do mundo.
Foto: Divulgação
Nascida na Guiana, em uma família de fazendeiros e sacerdotes hindus que migraram da Índia, Maya Tiwari não se interessava em seguir as mesmas tradições. Por isso, muito jovem, se mudou para Nova York, onde começou a trabalhar como estilista. Criou marca própria e fez sucesso. Conta que até a princesa Diana usou roupa desenhada por ela. No auge da fama, porém, Maya descobriu um grave câncer de ovário.
Depois de se submeter a 12 cirurgias e a sessões de quimioterapia e radioterapia, recebeu dos médicos um prognóstico devastador: a doença havia vencido e restava-lhe pouquíssimo tempo de vida. Ela tinha só 23 anos. Abalada, trocou a metrópole pelo interior e o glamour da moda por uma rotina simples e contemplativa.
“Queria morrer livre de medicações, centrada na minha existência”
Cinco meses se passaram, a primavera chegou e o triste destino de Maya não se confirmou. Intrigada, ela repetiu os exames. Inexplicavelmente, estava curada. O episódio, que a hoje guru Mother Maya conta, foi o responsável por despertar nela o desejo de revisitar suas raízes e estudar a ayurveda, a milenar medicina indiana, que prioriza a alimentação saudável e o equilíbrio.
“Descobri que temos dentro de nós um enorme poder de cura”
“Precisamos é refinar nossa essência, porque a vida não pode ter tanto stress, preocupações e ansiedade. Ela flui e devemos seguir seu curso com mais simplicidade.” Autora de sete livros, a guru tem rodado o mundo espalhando suas ideias e, neste mês, visita o Brasil. No dia 13, comanda a montagem de uma grande e colorida mandala feita com grãos, terra e sementes no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Em seguida, conduz uma sessão de meditação no cenário. O ritual já foi repetido em outros países, envolvendo mais de 150 mil pessoas. Aqui, faz parte do Festival Semana Cultural do Bem-Viver, evento que, antes chamado de Yoga pela Paz, chega à sua oitava edição e deve percorrer outras cidades brasileiras com suas atividades de autoconhecimento.
Maya acredita que a mulher tem papel central na virada que ela deseja para o mundo. “O hinduísmo tem muitas deusas. Nós podemos gerar vida e temos uma intuição natural, o que nos torna mais fortes.” Focada no que escolheu como missão, Maya