Kátia Moraes: “A novela Fina Estampa salvou minha vida”
A atriz curte o sucesso da Marilda, sua personagem em "Fina Estampa", e conta que sempre quis ser famosa
Kátia Moraes agarrou a oportunidade de estar na novela das 21h e espera cada vez mais sucesso
Foto: Divulgação
Kátia Moraes, a Marilda de “Fina Estampa” batalhou muito pelo seu reconhecimento profissional. Somente aos 39 anos essa carioca realizou o sonho de atuar na televisão. Além de atriz, durante quatro anos de sua vida, ela trabalhou como professora de artes cênicas do município do Rio de Janeiro.
Nas salas de aula, Kátia enfrentava uma jornada dupla. “u queria muito ter um filho e, para isso, eu precisava de dinheiro. Foquei no meu sonho de ser mãe. Mas, modéstia à parte, eu era uma boa professora”, relembra Kátia, que é mãe de Túlio, hoje com 6 anos.
A MINHA NOVELA encontrou a atriz para um bate-papo sobre televisão, carreira e fama, recheado com muito bom humor, é claro!
Como você chegou à Fina Estampa?
É uma história longa… (risos) Fiquei sabendo do curso de roteiro do Aguinaldo Silva, resolvi me inscrever, mas não passei na seleção. Nisso, fui conhecendo pessoas pelo blog que o Aguinaldo tinha e aproveitava para comentar sempre. Depois de um tempo, ele selecionou dez comentaristas para escrever no livro que ele fez sobre o blog. E fui escolhida. Aí, eu o conheci no lançamento.
E foi nesse momento que ele a convidou para a trama?
Não. Foi depois. Eu fui vê-lo em uma palestra. Juro que não pensava que isso ia acontecer. No dia seguinte, ele comentou no blog que não parou de me olhar na palestra, que eu chamava a atenção só com o rosto. Então, ele me chamou para fazer um teste. E assim foi…
O mercado de trabalho para o ator é muito difícil, não é?
Bastante! Quando eu decidi fazer artes cênicas, não tinha dimensão do que era o mercado. Eu pensei que queria ser atriz, então, fui atrás de uma faculdade daquilo que eu queria ser. Mas, depois, quando me formei, me vi desempregada. Foi muito duro! Vi que o teatro não dava dinheiro e comecei a me cansar. Então, voltei para a faculdade e fiz licenciatura. Logo depois, passei no concurso para o município e fiquei quatro anos lecionando.
Você já tinha tentado fazer televisão antes?
Já tinha tentado entrar para a televisão outras vezes e sempre saí chorando… (risos)
Diante de tanta dificuldade, você nunca pensou em abandonar a profissão e voltar a dar aulas?
A última vez que eu fiz teatro, disse que só voltaria a atuar se fosse para fazer televisão. Cansei de ser pobre (risos). Todo mundo ria… Mas é difícil o ator que não pensa em desistir. Toda vez que esse pensamento surgia, sempre aparecia alguém para me puxar de volta para o meu caminho.
Como você fica com o fim de Fina Estampa chegando?
Dá um medo enorme. Socorro! (risos) Você fica insegura. Vê tantas pessoas que fizeram sucesso e somem depois. O que eu posso fazer por mim é continuar trabalhando, batalhando… Mas é claro que eu quero continuar na TV. Vamos ver!
Você acredita que ainda existe um preconceito forte com o papel da empregada nas novelas?
Acho! E é um personagem maravilhoso! A empregada, dentro de uma família, tem um papel fundamental. Ainda mais se ela está no núcleo principal. É ter a faca e o queijo na mão. Eu nunca liguei se o papel era menor ou maior. Quantas vezes o coadjuvante se destaca mais que o protagonista? É uma besteira. Eu sempre entrei inteira em cena.
O que você deseja com o fim da novela?
Ter uma vida melhor. Uma vida financeira estabilizada e mais tranquila. Hoje em dia, o cotidiano está muito difícil. O ator vive do momento e o meu maior desejo é ter trabalho, não parar nunca. Eu sou muito grata ao Aguinaldo Silva. Esta novela salvou a minha vida. Eu estava na maior pindaíba. Tive um respiro com esse trabalho.
Confira o final dos personagens de “Fina Estampa”: