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Juliana Paes se declara sobre entrevista relacionada ao feminismo

A atriz usou sua conta do Instagram para comentar sobre o caso.

Por Da Redação
Atualizado em 20 jan 2020, 16h41 - Publicado em 5 abr 2017, 16h11
 (Raphael Castello/AgNews)
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Em recente entrevista à revista Veja, Juliana Paes afirmou: “Existe uma linha do feminismo com a qual eu não concordo muito. Acho errado esse desejo de igualdade com os homens a todo custo. Somos tão competentes e valiosas quanto eles, mas não iguais. A mulher precisa de mais tempo para se recuperar de uma gravidez, e há outras questões que permeiam nosso universo. A sensibilidade, o lúdico, o caminho da ponderação, o afeto nas relações de trabalho — tudo que faz parte do universo feminino e matriarcal deve ser respeitado. ” A afirmação sobre a igualdade entre homens e mulheres caiu como uma bomba.

Em resposta à entrevista,  a atriz, nomeada pela ONU Mulheres como Defensora para a Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres, resolveu se pronunciar sobre o caso em sua conta do Instagram, onde esclareceu seu posicionamento. “A visibilidade da minha profissão me proporciona certos desconfortos, como ser mal-interpretada e ter discursos descontextualizados”, disse.

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Eu defendo os direitos das mulheres, sobretudo o direito de viver sem violência. Esta é uma causa que eu tenho me dedicado publicamente há mais de um ano e meio, quando me voluntariei na ONU Mulheres e fui acolhida como Defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Precisamos falar de feminismos no plural, com diálogo e aprendizado. Este é um movimento por equidade, respeitando as conquistas das mulheres e colocando fim às desigualdades de gênero, raça e etnia. Estamos falando sobre feminismos e todas as suas frentes mais do que nunca. Desejo me somar ao debate de forma positiva, com respeito e franqueza. A visibilidade da minha profissão me proporciona certos desconfortos, como ser mal-interpretada e ter discursos descontextualizados. Acredito que todas temos contribuições a dar para que nós, mulheres, possamos ter os nossos direitos assegurados e decidir sobre a nossa própria vida. A independência tem sido um valor na minha trajetória e, nos últimos tempos, tenho me envolvido na ação coletiva em favor do fim da violência contra as mulheres. Homens e meninos precisam se somar. Mas o protagonismo continua a ser das mulheres. É isso o que eu tenho defendido quando liderei a campanha de contagem regressiva dos 10 anos da Lei Maria da Penha, eventos esportivos sem violência contra as mulheres, carnaval com respeito aos direitos das mulheres e, mais recentemente, nas campanhas do Dia Laranja por #EscolaSemMachismo, por educação com igualdade de gênero, e no Dia Internacional das Mulheres, quando me somei aos esforços da ONU Mulheres de construir um Planeta 50-50 por meio do empoderamento das mulheres. Finalmente, junto a minha voz com as vozes das minhas colegas da Globo na campanha #MexeuComUmaMexeuComTodas, impulsionada por mulheres de coragem. #ChegaDeAssédio. #UnaSePeloFimDaViolênciaContraAsMulheres

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