Jardim tem lago ornamental que também serve para nadar
Cercada de pedras, a piscina biológica, que dispensa tratamento químico, é a grande atração deste jardim tropical em plena São Paulo
No projeto original, assinado pela paisagista Eliane Fortino, o tanque diante da entrada principal da casa seria apenas um lago ornamental – quem cruzasse a ponte que leva à porta da frente poderia admirá-lo. Mas o neto da proprietária, Lucas, expôs sua vontade de nadar ali, o que desencadeou a busca por criar condições ideais para o banho. Surgiu, então, a proposta de fazer uma piscina biológica: embora lembre um laguinho em função do fundo escuro e da borda irregular, coberta de pedras, seu conteúdo é movimentado por uma bomba e filtrado pelas raízes das plantas. “Lucas nem liga para a piscina convencional… Ele só quer se refrescar perto dos peixes”, conta Eliane. Quem prefere se manter seco dispõe de uma saleta de estar, batizada Praça do Fogo, sob a copa da frondosa Tipuana tipu. O varal de samambaias,sustentado pela estrutura metálica vermelha, faz pano de fundo para os bancos de mármore e com assento de cruzeta, e, no centro, a lareira a álcool entra em cena nos dias frios. Ao redor, espécies exuberantes requerem pouca manutenção. “Como a árvore cobre boa parte do jardim,escolhi plantas que se adaptam bem à sombra, como bromélia, filodendro e chifre-de-veado.”