Secretária-executiva: salário pode chegar a R$ 15 mil
Conheça a trajetória de uma secretária-executiva ganha R$ 3.500 em uma multinacional e saiba o que fazer ter sucesso
Os estagiários de Secretariado são os mais bem remunerados entre os estudantes de cursos tecnólogos
Foto: Getty Images
Um teste vocacional no ensino médio indicou que eu deveria seguir uma área administrativa. Fazia sentido. Desde a infância, eu era conhecida pela minha organização. Era eu quem colocava ordem no quarto do meu irmão e controlava as contas da casa.
Logo após aquele teste, percebi que não teria recursos para pagar uma faculdade. Aos 18 anos, em 2000, comecei a trabalhar em uma metalúrgica numa área que não tinha nada a ver com administração: controle de qualidade em uma linha de montagem.
Falar inglês foi o diferencial
Nesse período, conheci outras metalúrgicas. Uma delas me chamou a atenção por ser multinacional e pelas oportunidades que dava aos seus empregados. Mas, para pleitear uma vaga, eu precisava falar inglês. Aí, em vez de uma faculdade, investi em aulas para aprender o idioma.
Após dois anos, uma amiga me falou sobre uma vaga aberta naquela empresa para recepcionista. Enviei meu currículo e, graças ao meu inglês, fui contratada. Eu atendia clientes e funcionários, muitos deles estrangeiros que chegavam à fábrica.
Em alguns meses, me tornei assistente da chefia. Além de atuar na recepção, passei a organizar as salas de reuniões, a inspecionar os serviços de almoço e coffee break e até a montar as apresentações dos executivos. Percebi que eu deveria seguir o teste vocacional e estudar Secretariado.
Passei no vestibular em junho de 2005 e concluí o curso em três anos. Tive aulas de gestão, informática e outras disciplinas técnicas. Mas o conhecimento mais valioso que tive foi o de gestão de recursos humanos.
Aprendi a lidar com pessoas no curso
Uma secretária deve saber se relacionar bem com os funcionários e clientes da empresa. Mas ela não deve ser confundida com uma empregada doméstica. Aprendi no curso a lidar com situações embaraçosas. Certa vez, a mulher de um chefe passou a me pedir favores pessoais. Expliquei que, se eu fosse atendê-la, comprometeria a qualidade do meu trabalho. Ela compreendeu e nos tornamos amigas.
Também há situações em que os superiores descontam o estresse nos subordinados. Já tive um chefe assim e vi que outros funcionários não lhe poupavam de críticas pelas costas. Em vez de entrar no clima de fofocas, me mantive fiel a ele. Aí, pedi para conversarmos a sós. Expliquei a importância do emprego para mim. Disse que achava as cobranças dele excessivas e que queria melhorar. Os cuidados valeram a pena: após a conversa, nos tornamos amigos.
Mantenho uma boa relação com os chefes
Esse bom relacionamento com as chefias me proporcionou crescimento profissional. Hoje estou em outra metalúrgica. Chefio uma equipe de três secretárias para um escritório com 130 engenheiros.
Sou responsável pelo agendamento de reuniões dos executivos, pelos eventos externos, viagens, inspeção da limpeza do ambiente, decoração e controle de gastos dos celulares corporativos. É como cuidar de uma segunda casa, mas apenas em horário comercial e com salário de R$ 3.500. Essa profissão só me deu alegrias!
Dicas para você se dar bem como secretária-executiva na próxima página!