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O que são dermocosméticos? Entenda aqui

Séruns, cremes, lip balms, protetores solares, tudo isso se adequa, mas o que significa?

Por Raíssa Basílio
16 Maio 2023, 09h41
O que são dermocosméticos?
O que são dermocosméticos? (Ilustração: Catarina Moura/Reprodução)
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O mercado da beleza parece infinito quando nos deparamos com o tanto de opções disponíveis: de produtos a marcas e finalidades; de tendências quase diárias nas hashtags do TikTok a um sem número de passos para “a pele perfeita”. Uma das dúvidas mais recentes surgiu a partir da presença de determinados ingredientes em séruns e cremes, principalmente, que oferecem atrativos para diminuir rugas, melhoras manchas e resolver a acne indesejada.

Mas, afinal, o que são esses “dermocosméticos”? “São produtos com ativos de alta performance e que prometem resultados visíveis e que tenham sido submetidos a estudos de eficácia clínica”, explica Marília Tamaka, farmacêutica formada pela USP e analista de pesquisa e desenvolvimento da Creamy. Apesar disso, a categoria, que tem o nome entre aspas mesmo, não está regulamentada pela ANVISA.

“Para a agência, existem apenas cosméticos de Grau 1: Produtos simples, com função básica como limpeza ou desodorização/perfumação, e não precisam de testes comprobatórios de eficácia. E de Grau 2: produtos que são necessários um dossiê regulatório mais robusto, com testes clínicos que atestem sua efetividade perante ao que é proposto.”

Essa falta de regulamentação, segundo Vania Rozan, cosmetóloga e professora de cosmetologia, fisiologia e anatomia da pele, permite que, hoje, qualquer item de beleza possa vir a ser um “dermocosmético” — desde um gel de limpeza facial com colágeno até uma base com ácido hialurônico. De acordo com a Dra. Vanessa Perusso, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os mais conhecidos são “os que tratam as olheiras, ou com ativos próprios para rosácea, dermatite atópica, para queda de cabelo, caspa do couro cabeludo”.

Por isso, é preciso ter cautela na hora de escolher um para chamar de seu, porque pode ser apenas uma jogada de marketing (sim, acontece). Outro ponto que deixa a questão ainda mais nebuloso é que esses tais produtos também não entram na categoria medicamento, determinada pela quantidade concentrada do ativo na fórmula.

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“Se você tem um produto que passa do limite de concentração estabelecido pela indústria farmacêutica, é preciso registrá-lo como medicamento porque ele já altera a estrutura da pele – e um cosmético nunca pode fazer isso”, explica Vania.

Quais são os princípios ativos dos dermocosméticos?

Segundo Marília, é praticamente impossível resumir os principais, pois tem variações de itens e finalidades, mas cita os mais recorrentes. “Niacinamida, retinol, vitamina C, peptídeos, ácidos esfoliativos (ácido glicólico, ácido mandélico, ácido salicílico, entre outros) são os que chamamos de ‘ativos clássicos’, pois são ingredientes muito estudados na comunidade científica, com estudos robustos e boas correlações entre concentração do ingrediente e resultados na pele”, constata a especialista.

Vanessa também cita ácido retinóico, hialurônico, melaleuca e lavanda para manter no radar. “Há uma infinidade de ativos cosméticos sendo utilizados, cada um com uma proposta diferente, mas o importante é que ele tenha sido testado e tenha ação comprovada, além de ser utilizado na concentração ideal para ter resultado na pele”, completa Marília.

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E as maquiagens?

Além dos itens de skincare, hoje já existem nas gôndolas até batons com vitamina E, por exemplo.”Essa estratégia pode ajudar, mas não tem a mesma eficácia quanto um creme ou sérum”, pontua a dermatologista Vanessa Perusso. Ou seja, o make jamais vai substituir algum dos passos básicos da sua rotina de cuidados com a pele.

“Uma base com ácido hialurônico, por exemplo, tem outros ingredientes, como pigmentos, que não deixam com que esse ativo se aprofunde mais nas camadas da epiderme. Se você usa um sérum, que tem uma concentração maior do ingrediente, ele vai atuar em todas as camadas, diferente da base, que vai apresentar uma menor quantidade de ativos de skincare“, exemplifica Vania Rozan.

“Normalmente é colocado uma pequena concentração, que é o atrativo para te fazer comprar tal produto. Porém, a quantidade não vai fazer tanta diferença na hidratação”, completa.  Colocando tudo isso em prática, vamos aos exemplos de produtos disponíveis do mercado com bons ativos que podem complementar o skincare.

Skincare em dia!

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