Conheça três heroínas que lutam pelas mulheres na África
Na série etíope “Tibeb Girls”, elas usam seus superpoderes para lutar contra as injustiças sociais e práticas nocivas às meninas africanas
Quando as crianças pensam em super-heróis ou super-heroínas, elas geralmente imaginam guerreiros que brigam contra criminosos de grandes centros urbanos do Ocidente. Apesar dessas histórias serem um sucesso, a diretora Bruktawit Tigabu decidiu criar uma série sobre três heroínas etíopes que batalham por melhorias sociais em seu país.
A série Tibeb Girls (em tradução livre Garotas que Vestem Tibeb – tecido típico usado por mulheres etíopes) conta a história de três jovens – Fikir, Tigist e Fiteh – que “usam seus superpoderes para lutar contra as injustiças sociais e práticas nocivas às mulheres na África”, como explica a descrição do desenho, em sua página no Facebook.
Com coragem e com a ajuda de seus superpoderes, as heroínas do desenho combatem os problemas de sua região, como o casamento infantil e a transmissão do HIV. Na Eiópia, 760 mil pessoas conviviam com o vírus, em 2012, segundo dados da Unicef.
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Meninas na escola
Outra preocupação da série é discutir a importância da educação para meninas. “Somente na Etiópia, nove milhões de meninas não tem acesso à escola – o que resulta em uma perda de quatro milhões de dólares para o país, por ano”, disse Bruktawi em entrevista ao Startup Compete.
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De acordo com a Unicef, em 2013, apenas 5,3% das meninas etíopes tiveram acesso a pré-escola no país, entre 2008 e 2009. O percentual salta para 65,5% quando o acesso ao ensino fundamental por mulheres é analisado no país; mas a escolaridade volta a cair à taxa de 15,6% quando se observa a escolaridade de mulheres no ensino médio.
Acessibilidade
Com a intenção de alcançar os mais diversos e longínquos públicos, Bruktawi e sua equipe transformaram a série em um programa de rádio e em um livro de história em quadrinhos.
Afinal, não são todos que possuem televisão para acompanhar as aventuras do trio e grande parte da população mora na zona rural – aproximadamente 85% dos etíopes.