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Recepcionistas criam grupo contra assédio e sexismo na França

Os relatos ganharam destaque no jornal Libération, que destacou que elas são "tratadas como objetos, assediadas e agredidas"

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 14h23 - Publicado em 16 ago 2019, 17h21

Alice, uma estudante francesa de 22 anos, trabalha como recepcionista para conseguir pagar seus estudos. Durante sua jornada de trabalho, porém, ela cansou de ouvir cantadas de homens que não respeitavam sua atual profissão. Em julho deste ano, ela criou uma conta no Twitter em que denunciava e recolhia depoimentos de assédio contra essas profissionais.

Em pouco tempo, muitos relatos começaram a surgir e Alice resolveu abrir uma petição online em que pedia ao governo francês medidas que favorecessem a igualdade de gênero no ambiente de trabalho.

Um dos casos denunciados pela jovem é a obrigatoriedade das recepcionistas da competição de ciclismo “Volta da França” beijarem os ciclistas vencedores e posarem para fotos. Ela alega que estão servindo de enfeites para o pódio. Uma outra denúncia feita na página é de uma jovem que teve as partes íntimas filmadas por baixo da saia no Salão do Automóvel em Paris.

Os relatos ganharam destaques no jornal Libération e a manchete “A lei do salto alto” foi destaque na capa. “Tratadas como objetos, assediadas, agredidas: recepcionistas protestam contra suas condições de trabalho”, afirmou o jornal. Segundo a publicação, existem cerca de 600 mil recepcionistas cadastradas atuando em eventos, como concertos e competições, e também em empresas. 

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Veja o que está bombando nas redes sociais

(Reprodução Libération/Reprodução)

De acordo com o jornal, a maioria das profissionais consegue trabalho através de agências especializadas e não recebe mais do que um salário mínimo (10,03 de euros/hora, cerca de R$ 45,00). Para o diário, o movimento #Metoo junto aos relatos colhidos por Alice trouxeram avanços. Em alguns eventos já não é obrigatório o uso de salto alto, mas as roupas justas e maquiagem forte ainda são uma regra.

O editorial diz: “Tudo isso sob a proibição de reclamar, já que a recepcionista deve ser sempre sorridente e simpática”, ressaltando estereótipos historicamente ligados às mulheres.

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