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“Provoque situações em que um sinta saudades do outro”

Nossa colunista Mônica Martelli faz uma reflexão sobre as férias conjugais

Por Mônica Martelli (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 20h34 - Publicado em 22 fev 2016, 10h10

Há momentos na relação em que a gente deseja tirar umas férias do parceiro. Essa vontade não tem nada a ver com separação, com estar mal no casamento. Nada disso. É simplesmente querer ficar um pouco sozinha, fazer o que quiser, na hora que quiser. Mesmo se o marido vai viajar e você não, já é lucro. Sozinha em casa, você vai se jogar na cama, ver tevê até a hora que bem entender, ficar sem depilar a virilha, usar uma camiseta velha, comer na cama, acender a luz e ler… Ai, que delícia!

Ainda tem aquelas férias só para o casal. Importantes e necessárias, porque possibilitam um encontro sem o stress do dia a dia, sem filhos, sem contas pra pagar. Em uma viagem de folga, você troca de problemas. A discussão, dessa vez, gira em torno do trem: às 10 horas da manhã ou às 14 horas? Ou, com a sabedoria de quem entende que só os dois, sozinhos, não vai rolar, vale convidar um casal de amigos para alegrar, mudar o assunto e distrair. E até falar mal do seu marido para a amiga do outro casal. Mas tem que ser aquele tipo que fala mal do marido dela também! Sim, porque amigas que só falam bem e ainda juram que transam todos os dias e que os dois sempre gozam juntos são muito chatas. Você fica ali ouvindo aquelas mentiras todas com cara de paisagem e não tem troca. (E, se alguma delas é realmente feliz com o marido o tempo todo e ainda goza junto sempre, o que é raro, mas possível, é melhor nem chamar, para não ficar deprimida.)

Outra opção está nas viagens em grupo, com vários casais animados. As mulheres se reúnem para falar mal do casamento em geral, da chefe mandona ou daquela gerente insubordinada, dos filhos, de escolas etc. Eles se juntam e falam das gostosas, das últimas descobertas tecnológicas, contam algumas vantagens de negócios e por aí vai. À noite, quando você encontra com o respectivo no quarto, tem assunto de todo mundo para comentar. Mas o melhor desses programas em grupo é descobrir que todos gostam muito dele, o convidam para todos os programas e começam a falar tão bem dele que você passa a achá-lo interessante de novo. É aquela sensação: “Gente, o mundo acredita que meu marido é incrível”. Isso garante pelo menos uma semana de felicidade e de encontro verdadeiro. O efeito é ainda melhor que o daqueles exercícios em que você precisa se esforçar para olhar seu parceiro com o mesmo encanto das primeiras vezes.

Mas, voltando ao início do texto, ainda acho indispensável buscar pequenos descansos do outro ao longo do ano – cada um com sua individualidade. Incentive aquele chope com os amigos dele toda semana e, do seu lado, marque uma viagem com as amigas. Provoque situações em que os dois sintam saudades. Depois, ambos terão algo para contar. Aproveite para fazer o que ele não curte. Meu namorado gosta de caçar; eu tenho horror. Então dou todas as minhas bênçãos para que ele vá, nem precisa me convidar. Só torço para que realmente cace alguma coisa e volte bem-humorado. Não é fácil, provoca ciúmes: como é que pode ele estar se divertindo sem mim? Mas casais inteligentes tiram férias um do outro naturalmente, a qualquer tempo. E essa maturidade serve para confirmar o amor. Ou para atestar que a coisa está ruim mesmo – especialmente se você fica rezando para a viagem dele com os amigos não terminar tão cedo.
 

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