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Projeto Ponto Firme: como o crochê muda a realidade de detentos

O estilista pernambucano Gustavo Silvestre ensina a arte do crochê para detentos em uma penitenciária paulista

Por Roberta Tinti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 nov 2017, 17h45 - Publicado em 9 nov 2017, 12h03

Depois de estudar moda no Brasil e fazer cursos técnicos na Itália, o estilista e artesão Gustavo Silvestre, de 39 anos, se deu conta de como a indústria têxtil agride o meio ambiente. O mal estar o levou a se aproximar de trabalhos manuais e, há quatro anos, ele começou a trabalhar com crochê profissionalmente.

Não que as agulhas fossem propriamente uma novidade: na infância, Gustavo já observava as mulheres de sua família sempre “crochetando” algo. “Descobri nessa arte uma forma de ter poder e história nas próprias mãos”, conta.

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A ligação foi tamanha que ele decidiu criar, em 2015, o Ponto Firme, projeto que leva aulas de crochê para sentenciados da Penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos (SP).

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Em parceria com a loja de costura Novelaria, que oferece um cardápio de cursos manuais em São Paulo, o estilista vai toda semana ao presídio para não só ensinar, como também proporcionar novas perspectivas profissionais e pessoais para os encarcerados.

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“Acredito que a educação e as artes têm papeis poderosos na transformação pessoal e social e influenciam diretamente na redução da violência”, diz ele. Além de receberem um certificado ao final dos módulos do curso (básico, intermediário e avançado), os detentos têm reduzido um dia de sua pena a cada 12 horas no projeto.

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Em apenas dois anos de existência, o Ponto Firme já formou cerca de 100 pessoas. “Já encontrei alunos que, em liberdade, continuaram a desenvolver o crochê e fazem muitos planos por meio dele”, lembra.

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Agora, Gustavo pretende ampliar o projeto com a ajuda de parceiros e desenvolver uma coleção de roupas com os sentenciados. “É gratificante ver a esperança deles em construir um novo futuro a partir do que aprendem nas aulas”.

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