Professora pede para mãe mudar os cuidados com o cabelo afro da filha: “os colegas dizem que ele fede”
A mãe não ficou feliz com o recado e fez questão de se posicionar no Facebook. Segundo a professora, o óleo de coco usado para hidratar e pentear os cabelos da criança estaria causando mau cheiro.
Na semana passada, uma mãe mobilizou as redes sociais contra o racismo sofrido por sua filha na escola em que estuda, na pequena cidade de Elmurst, em Illinois, nos Estados Unidos. A professora de Amia Norris, de três anos, enviou bilhete à mãe dizendo para aplicar menos óleo de coco no cabelo da filha, porque os colegas estariam reclamando que ela fede. A mãe da pequena, Tionna Norris, publicou resposta ao recado em sua página no Facebook: “Aplicando a mesma quantidade de óleo de coco, vocês todos vão ver a magia da garota negra. Sinceramente, uma mãe negra sem remorso. PS: óleo de coco não tem cheiro ruim”.
No bilhete, a professora diz que entende a necessidade de usar óleo de coco no cabelo de Amia, mas pede que ela use pouco. Segunda ela, os alunos estariam caçoando da menina. “Se você tiver que aplicar diariamente, peço que o faça com cautela, assim as crianças não riem dela”, escreveu. Tionna usa o produto para pentear os cabelos afro da filha, única negra na classe de jardim de infância.
Leia também: Mãe denuncia racismo em bilhete escolar: “Como eu gostaria de protegê-los desse mundo cruel”
A mensagem de Tionna recebeu mais de 10 mil curtidas e milhares de compartilhamentos. Ela disse que a administração da escola pediu desculpas pelo ocorrido, mas ela decidiu transferir a menina de instituição, com medo que a professora a tratasse negativamente. “Se você não consegue entender por que uma mãe pode ficar irritada depois de receber uma carta como aquela, então você não merece dar aulas para minha filha”, disse à rede de TV americana CBS.