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Por que os pais não devem influenciar o futuro dos filhos?

Não permita que seu filho seja dependente de você. Aprenda a sonhar com o futuro dele, sem prejudicá-lo

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 16h16 - Publicado em 29 fev 2012, 21h00
Roberta Cerasoli (/)
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No Brasil, 57% das meninas de 15 a 17 anos reconhecem a mãe como principal influenciadora de sua imagem física e autoestima
Foto: Getty Images

A mulher fica grávida e começa a planejar: quero que minha filha faça balé! Se for menino, será médico! Muitas fazem isso porque não puderam realizar seu próprio sonho de infância. “A mãe pode até desejar que a filha realize aquilo que ela quis fazer quando era jovem, mas, no fim, deve deixar a filha escolher e até mesmo errar”, orienta Ana da Costa Polônia, professora de Psicologia e Educação.

Uma pesquisa da Unilever com 3.300 mulheres de dez países constatou que, no Brasil, 57% das meninas de 15 a 17 anos reconhecem a mãe como a principal influenciadora na formação de sua imagem. “Essa influência é positiva, cria um vínculo de confiança e amor. Mas é preciso deixar claro que os filhos não são a continuação de seus pais”, reforça Ana.

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Portanto, cuidar, amar e proteger são deveres do pai e da mãe. Já projetar suas vontades, ignorando que o filho tem desejos próprios, pode ser prejudicial. Não permita que seu filho seja dependente de você. Veja como.
 

Como proteger e soltar…

· Sonhar com o futuro do filho é normal: “Os pais protegem, cuidam, dão amor, ensinam os limites e passam valores que possibilitam a construção da identidade e da autoestima do filho. Mas esse filho é uma pessoa com ideias próprias!”, diz Ana Polônia.

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· É saudável o filho se identificar com os pais, sem ter de imitá-los.

· O papel dos pais é valioso na criação do filho, é uma referência: “Se identificar não é copiar e nem ser exatamente igual, é ter um modelo para a vida”, explica a especialista.

· Conversar é a chave do sucesso: “O mais importante é que as mães valorizem o tempo que passam com os filhos e possam, em conjunto, descobrir o melhor meio de alimentar esse afeto. Proteção, respeito, independência e a livre manifestação dos sentimentos com bastante diálogo são uma ótima combinação”, resume Polônia.

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5 passos para mudar de atitude!

1. Reflita sobre o motivo dessa necessidade tão grande de viver por meio das realizações dos filhos.

2. Crie espaço para que seus filhos escolham aquilo que acham interessante. Liberdade na dose certa!

3. Valorize a vontade de seu filho ter suas próprias experiências e opiniões. E orgulhe-se dele por isso!

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4. Repense seus desejos, mesmo aqueles que ficaram para trás. Se gostava de dançar, por exemplo, e deixou isso para criar os filhos, retome essa atividade! Faça mais o que gosta em vez de só cumprir as suas obrigações do dia a dia.

5. Busque seus amigos, invente passeios, descubra interesses novos. E seja feliz consigo mesma.

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