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Pesquisa mostra que palmadas estimulam a agressividade infantil

Crianças que apanham – seja com leves palmadas no bumbum ou em outras áreas do corpo – desafiam seus pais com maior facilidade, podem apresentar um comportamento agressivo e antissocial, além da possibilidade de desenvolverem problemas mentais ou cognitivos

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 03h20 - Publicado em 27 abr 2016, 15h20
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Um estudo americano divulgado recentemente na publicação científica Journal of Family Psycology, comprovou: crianças que apanham – seja com leves palmadas no bumbum ou em outras áreas do corpo – desafiam seus pais com maior facilidade, podem apresentar um comportamento agressivo e antissocial, além da possibilidade de desenvolverem problemas mentais ou cognitivos.  

“Descobrimos que a palmada foi associada a resultados negativos não intencionais. Não foi associada com obediência imediata nem de longo prazo”, comentou a porta-voz da pesquisa, Elizabeth Gershoff, da Universidade do Texas, localizada na cidade de Austin. Foram analisadas 160 mil crianças ao longo dos cinquenta anos de levantamento, realizado por estudiosos das Universidades do Texas e de Michigan. 

Segundo Andrew Grogan-Kaylor, estudioso da Universidade de Michigan, a conclusão é bem clara: agredir os pequenos como medida corretiva surte um efeito totalmente oposto ao desejado pelos pais. 

Lei da Palmada

Aqui no Brasil, a partir de uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), sobre o desenvolvimento dos pequenos submetidos a castigos, que acabam chegando à vida adulta com traumas e comportamento agressivo, foi criada a Lei da Palmada, que entrou em vigor no Brasil no ano de 2014.

A medida busca impedir não só castigos degradantes e agressões cruéis destinados às crianças e aos adolescentes, como também palmadinhas e beliscões considerados “educativos” por muitos adultos. As denúncias de suspeita de agressão infantil devem ser encaminhadas para o Conselho Tutelar, que também pode multar funcionários da saúde, da educação ou públicos que forem coniventes com essas atitudes e não procurarem as autoridades.  

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