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O que fazer para o filho mais velho não sentir ciúmes do caçula

Mães contam como fizeram para que o primeiro filho não ficasse enciumado com a chegada do bebê

Por Maria Flor Calil
Atualizado em 22 out 2016, 14h17 - Publicado em 19 mar 2015, 20h53
YanLev/Thinkstcok/Getty Images
YanLev/Thinkstcok/Getty Images (/)
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Simone conversou muito com a primeira filha

“Quando descobri que estava grávida pela segunda vez, foi um choque, pois eu não esperava. Minha primeira filha, Lorena, tinha 2 anos e 3 meses. Tive uma série de preocupações: como vou dar conta de mais uma criança? Será que vou amar tanto o bebê quanto amo o outro filho? Minha filha é tão pequena… Será que vai entender? E se ela ficar com algum trauma? Diante de tantas dúvidas, temos que tentar fazer o melhor. Então, passei a conversar todos os dias com a Lorena sobre o bebê. Contava uma historinha de como tinha sido seu nascimento e aproveitava para explicar que minha barriga ia crescer, pois tinha um bebê dentro dela, e que um dia ele ia sair eficar no colo da mamãe, ia mamar e sempre estaria por perto até crescer. No início, ela colocava as mãos nos ouvidos e dizia que não queria ouvir, mas, depois de alguns meses, já beijava a minha barriga. Hoje, eles se amam muito.”

Simone Shimada, enfermeira, mãe de Lorena, 4 anos e 10 meses, e Leonardo, 1 ano e 10 meses, de Aracaju.

Patrícia buscou a ajuda de uma psicóloga

“Minha filha mais velha, Carollina, tem 7 anos, e minha caçula, Manoella, 5 meses. Como as duas são meninas, vocês podem imaginar o tamanho dociúme da primogênita ao perder o reinado! Logo que contei da gestação, ela mudou de comportamento na escola, começou a fazer xixi na calça novamente, a chorar em sala de aula… Fiquei muito preocupada. Então, procurei uma psicóloga. Ela me disse ser natural a reação dela e que o certo seria eu deixá-la participar da gravidez, ajudando a escolher roupinhas parao bebê, por exemplo. Orientou-me a explicar a ela que iria ter uma irmãzinha, que de fato as atenções seriam maiores com o bebê, mas que oamor seria o mesmo. Segui tudo direitinho. Quando o bebê chutava, eu chamava a Carollina pra colocar a mão e sentir. Depois do nascimento, as coisas melhoraram. Claro, Carol pede atenção, mas também me ajuda muito.”

Patrícia Gomes, promotora de eventos, mãe de Carollina, 7, e Manoella, 5 meses, de São Paulo.

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Fernanda intensificou os programas em família

“Sou mãe de um casal, Hélio e Maria Fernanda. Como Hélio é fruto de outro relacionamento, durante a segunda gravidez tive muito cuidado para que elenão se sentisse excluído, mesmo porque, até então ele era filho e neto único.Para dar a notícia, comprei um jogo que pudesse ser usado em família e brincamos por horas – eu, ele, o “irmão” e meu marido. Passei a chamar obebê de irmão. Dizia: “Vamos comprar tal coisa para o irmão…” Quando descobrimos o sexo, foi uma festa: lá vem a irmã! Mais uma vez providenciei um programa em família: fazer as fotos da barriga todos juntos. Na hora do bebê nascer, ele foi comigo à maternidade e recebeu a irmã muito emocionado. A primeira coisa que Hélio me disse foi : “Mamãe, minha irmã é linda”! É claro que, com o passar dos dias, foi rolando aquele ciuminho e ele quis até voltar a tomar mamadeira. Mas sempre conversei muito com ele, demonstrei muito amor e me esforcei para manter sua rotina. Ele percebeu que ela veio para somar, não para dividir o amor ou a atenção.”

Fernanda Gomes, tabeliã pública, mãe de Hélio, 10 anos, e Maria Fernanda, 2 anos e 10 meses, de Olinda.

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