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O declínio do home office e o retorno aos escritórios

Para a colunista de Claudia, Cynthia de Almeida, as pessoas estão voltando para os escritórios por causa do convívio social e profissional

Por Cynthia de Almeida
Atualizado em 31 out 2016, 11h32 - Publicado em 25 ago 2013, 22h00

“Algumas das melhores decisões e sacadas brotam das discussões de corredor”, diz a CEO do Yahoo!, Marissa Mayer
Foto: Getty Images

Nem bem deixamos o carro na garagem e nos sentamos, calçados com nossas fofas pantufas, sobre nossas confortáveis cadeiras Herman Miller e diante do nosso reluzente e potente aparato digital, para apenas nos teletransportarmos aos antigos e obsoletos locais presenciais de trabalho e, de repente, todo o glamour, a modernidade e a eficiência dos home offices já são questionados. À mesma velocidade com que se decuplicam as gerações de smartphones e toda a tecnologia móvel do planeta, conceitos e visões sobre trabalhar em casa começam a ser revistos.

Co-working

Rápido, antes que surja algo ainda mais inovador: o trabalho solitário à distância já está sendo trocado por novos ambientes de estações coletivas. São espaços equipados com tudo o que você precisa para realizar a sua atividade profissional e mais um elemento precioso: a companhia de outros seres humanos. Falando assim, até parece a volta dos que nunca deveriam ter saído do bom e velho escritório. Mas é algo melhor. Nos espaços de co-working, que já existem em grandes cidades brasileiras e são cada vez mais populares nos Estados Unidos, a ideia central é juntar pessoas independentes para executar seus trabalhos à distância e suas tarefas autônomas em um lugar mais inspirador do que os respectivos lares.

De novo, bem rápido, antes que surja outro CEO do Vale do Silício com uma ideia ainda melhor: como debatido em CLAUDIA na edição de maio, as discussões sobre as vantagens e desvantagens de atuar fora de um ambiente “puramente profissional” se acaloraram com a determinação, no início deste ano, da presidente do Yahoo!, a jovem Marissa Mayer, de convocar todos os seus funcionários que trabalhavam remotamente de volta à sede da empresa. Para reinventar e reerguer uma das companhias líderes do mercado digital, Marissa optou pela contramão das facilidades de mobilidade geradas por sua indústria.

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Ainda é cedo para saber se sua atitude foi “rerrevolucionária” ou um simples retrocesso, mas o fato serviu para promover a seguinte reflexão: rendemos mais solo ou em turma? Produzimos mais em casa ou nos ambientes coletivos? As pesquisas mostram que o trabalhador de home office ganha em flexibilidade – e que, em casa, principalmente as mulheres conseguem conciliar com mais eficiência a atuação profissional com as tarefas domésticas e os filhos (que continuam a recair pesadamente sobre elas). Ganham o tempo do deslocamento, mas o preço é uma jornada que se estende indefinidamente e invade todos os momentos de possível relax do dia.
 

Do home office para o back to office

A falta de estímulos criativos e de troca de ideias com seus pares pode, segundo os defensores do modelo presencial, comprometer a qualidade do trabalho. No memorando em que convocou os funcionários do Yahoo! a retomar a rotina dentro da sede, o RH lembrava que “algumas das melhores decisões e sacadas brotam das discussões de corredor”. Mas e a troca permanente de mensagens instantâneas, os chats e os posts das redes sociais, isso tudo não pode substituir o papo no cafezinho? Como revela o sucesso dos espaços de co-working, aparentemente não. As pessoas estão retornando aos escritórios – ou a algo bem parecido com eles – em busca de algo que a tecnologia não fornece: interlocutores de carne e osso.

Cynthia de Almeida é jornalista e estudiosa do comportamento feminino
 

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