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Minha filha beijou uma menina. O que fazer?

Você descobriu que sua filha beijou outra menina? Antes de conversar com ela sobre homossexualidade, organize suas emoções, sua filha pode estar tão confusa quanto você

Por Suzana Lakatos (colaboradora)
Atualizado em 22 out 2016, 18h27 - Publicado em 25 Maio 2011, 22h00

Esteja pronta para ouvi-la e acolhê-la em suas dúvidas e preocupações
Foto: Dreamstime

 

Se algum dia sua filha contar que beijou outra menina, não se desespere e tente entendê-la. Segundo o psicólogo Ricardo Portolando, de São Paulo, o fato de sua filha ter beijado outra garota não significa necessariamente que ela seja lésbica. As experiências afetivas com pessoas do mesmo sexo são relativamente comuns na adolescência, motivadas tanto pela curiosidade quanto pela sexualidade à flor da pele, típicas da fase. Às vezes, servem inclusive para chamar a atenção dos pais ou do grupo. Mas também podem indicar uma preferência já estabelecida pelo sexo oposto.

“A orientação sexual demora a se definir e são inúmeros os fatores que a determinam. Para alguns, só se consolida entre 18 e 20 anos, embora também exista quem aos 15 já tenha descoberto se é heterossexual ou não. Ninguém sabe ao certo o que influencia essa orientação”, explica. A teoria mais aceita diz que se trata de uma combinação de predisposição genética com fatores psicológicos e sociais – lembrando que a intensidade com que somos afetados por fatos, sentimentos e impressões varia de um indivíduo para outro.

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Antes de resolver se vai tocar no assunto com sua menina, é fundamental desfazer preconceitos e descartar ideias ultrapassadas, como achar que pode “ajudar” a filha a não ser homossexual. Cientificamente, não existe procedimento que mude a orientação sexual de ninguém. E é bom lembrar: homossexualidade não pode ser tratada como doença mental ou desvio psicológico. Também não é uma questão de escolha nem resultado de sensibilidade exacerbada (no caso dos garotos) ou de frustração amorosa com o sexo oposto (quando se trata das meninas). Organize os próprios pensamentos e emoções, considerando que sua filha pode estar tão confusa quanto você. Para que a conversa faça sentido, esteja pronta para ouvi-la e acolhê-la em suas dúvidas e preocupações.

A melhor abordagem depende de como o assunto chegou aos seus ouvidos. Se foi ela quem falou, ótimo. Ainda que tenha usado um tom de desafio, ter se aberto mostra disposição para conversar e revela que, no fundo, quer dividir esse momento e saber sua opinião. Já se a notícia veio por intermédio de colegas, de professores ou de outros pais, prepare-se. Sua filha poderá sentir-se vigiada e acusar você de ter invadido a privacidade dela. Com calma, explique como ficou sabendo e diga que está disponível caso queira conversar sobre o ocorrido. Se ela resistir, respeite. Quando estiver pronta para falar, sua adolescente vai procurá-la por livre e espontânea vontade. O importante é que você demonstre disposição para ouvi-la e respeito à sua privacidade. Afinal, o jovem não é obrigado a compartilhar a própria intimidade com os pais.
 

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