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Meu filho está indo mal na escola. O que fazer?

Saiba como ajudar seu filho adolescente a não tirar notas vermelhas na escola.

Por Victória Della Manna (colaboradora)
Atualizado em 27 out 2016, 23h30 - Publicado em 1 jun 2015, 06h38
Getty Images
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Meu filho de 14 anos está indo mal na escola. Ainda dá tempo de mudar esse quadro e evitar que ele fique de recuperação ou até mesmo seja reprovado no final do ano? (Pergunta enviada por leitora)

A situação ainda é reversível, mas depende de alguns fatores. Segundo a psicanalista Cristiane Maluf Martin, de São Paulo, o primeiro passo é descobrir o que está desencadeando a desmotivação. “O adolescente passa por diversas transformações, tanto externas quanto internas”, diz. Entre elas, o luto pela perda da infância e as primeiras experiências afetivas, que podem não ser correspondidas. “Isso acaba refletindo no desempenho escolar”, avalia. Ao lidar com esse contexto, alguns continuam mantendo boas notas, enquanto outros se dispersam e apresentam dificuldade para conciliar as novidades e as turbulências com os estudos. A família deve tentar entender o que está atrapalhando e considerar até a influência de amigos que também estão indo mal. Nesse caso, vale conversar com os pais desses colegas e, juntos, traçar planos para recuperar o tempo perdido dos filhos. A psicanalista ressalta que o adolescente precisa se sentir acolhido e estimulado pela família. “Se ele continuar com notas ruins, avalie a necessidade de acompanhamento psicológico e de aulas particulares”, afirma.

Ângela Dalben, pedagoga de Belo Horizonte, propõe explicar quanto a formação escolar é importante para o futuro. “Diga que todos que protagonizaram grandes feitos hoje ou no passado tiveram que ter disciplina para atingir suas metas.” Os pais devem mostrar que, mesmo em uma época de culto às celebridades, na qual o sucesso vem muitas vezes desassociado do estudo e da cultura, valores como determinação e esforço continuam atualíssimos. E levar a sério os estudos precisa ser um dos objetivos do adolescente. Ângela também indica uma conversa com a coordenação pedagógica para entender as exigências da escola, os procedimentos de avaliação, como é a relação do seu filho com os professores e colegas e, principalmente, o que a instituição pensa dele como estudante. “Quando família e escola trabalham juntas, há chances muito maiores de obter resultados positivos”, garante. Alcir Horácio, diretor do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás, lembra que muitas escolas dispõem de aulas extras para auxiliar nas dificuldades. “É uma boa opção para o aluno tirar dúvidas e se envolver mais com os estudos.” Ele ressalta a importância de os pais coordenarem o tempo livre do jovem para que ele não passe muitas horas nos games. “Estipular um horário diário para seu filho estudar e outro para se dedicar aos hobbies é essencial para um bom desempenho”, salienta.

 

* Quer sugerir temas para a seção? envie sua dúvida para falecomclaudia@abril.com.br

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