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Livre da depressão!

Os psiquiatras Leonardo Gama Filho e Rita Jardim respondem as principais dúvidas das leitoras sobre a doença e apontam as saídas para superar o problema

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 12h46 - Publicado em 27 out 2008, 21h00
Fabricio Pellegrino (/)
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Todo mundo pode sair dessa se for tratado
Foto: Dreamstime

1. Luto e remédio

O que provoca a doença?
Sabrina de Souza, Campinas, SP 

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Luto, alterações de sono e apetite, transtorno de humor, esquizofrenia, ansiedade, doenças como mal de Parkinson, uso de drogas lícitas e ilícitas, demências e efeito colateral de remédios.

2. Falta de tesão é sintoma

Quais os principais sintomas?
Marisa Barbosa, de Limeira, SP

Desânimo até para atividades prazerosas, desinteresse geral, cansaço físico e mental, pessimismo, culpa, diminuição do desejo sexual, alterações de sono e apetite. Se tais sintomas durarem mais de duas semanas, busque ajuda.

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3. De olho no desânimo

Não ter ânmo é um aviso?
Edina dos Santos Pinto, Rio de Janeiro, RJ

Apatia (perda de motivação) é sério sinal da depressão. Mas também pode vir de doenças doloridas física e psiquicamente (ex: câncer e aids).

4. Só o médico pode dizer

Eu me isolo, choro à toa, fico agressiva e penso em morrer. É estresse ou depressão?
Tuane, São José dos Campos, SP
O estresse pode levar a um quadro de ansiedade patológica, que ajuda a desencadear depressão. Seu caso remete a um transtorno depressivo, mas só o especialista pode diagnosticar e tratar.

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5. Não é “frescurite”

Pode ser fuga da realidade?
Ivana Miranda, Belém, PA

Ficar deprimida não é mera tristeza, “fossa” , fraqueza ou fuga da realidade. É uma doença grave, que afeta muito a forma como a pessoa se sente em relação a si mesma e exige cuidados.

6. De crianças a idosos

Ocorre em qualquer idade?
Lara Machado, Maceió, AL

Sim, mas é duas vezes mais freqüente em mulheres do que em homens. Crianças de ambos os sexos são igualmente afetadas e, em geral, apresentam dores de cabeça e estômago, irritabilidade e retraimento social. Já os idosos costumam ter falta de memória e de atenção e de capacidade de orientação.

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7. Tratamento de graça

Quais os tratamentos?
Eline Afonso, Brasília, DF

Recomenda-se a associação de psicoterapia e remédios antidepressivos. Por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sem custos, a vítima pode fazer uma avaliação e dar início ao tratamento com psiquiatras, terapeutas ocupacionais e outros especialistas. Os remédios indicados pelos médicos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em qualquer posto de saúde. Mais informações: www.saude.gov.br/bvs/saudemental ou 0800-611997.

8. Em paz com os remédios

Há cinco anos luto contra depressão, transtorno bipolar e pânico. Quais as chances de, um dia, me livrar dos remédios?
Rebeca Pitanga, Rio de Janeiro, RJ

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Os antidepressivos melhoram cerca de 70% dos casos. Não faça guerra contra o seu tratamento — e isso inclui os remédios! Eles devem ser seus aliados, graças aos quais você terá mais qualidade de vida e voltará a sorrir.

9. A fase mais difícil

Mamãe tem 70 anos, é depressiva e não dorme nem com remédio. O que faço?
Maria Claudia, Cajati, SP

Nessa idade, a depressão é devastadora, pois pode associar-se a outras doenças e questões existenciais que dificultam o tratamento. Peça ao médico a reavaliação do remédio e terapia.

10. Risco de vida

Depressão mata?
Renata Santos, Santo André, SP

Sim. Cerca de 15% dos pacientes tentam (ou pensam em) se matar. Quem sofre de câncer, coração, diabetes e aids apresenta taxas elevadas de suicídio quando se deprime.

11. Suicídios: casos raros

Por que depressivos podem cometer suicídio?
Márcia Nascimento, Rio de Janeiro, RJ

A minoria que se suicida apresenta sintomas bem acentuados. Mas medicação adequada e terapia podem evitar essa atitude autodestrutiva.

12. Talvez seja bipolar

Apesar de ser criativa e ativa, choro muito e tentei suicídio três vezes. Por quê?
Cristiane Silva, Blumenau, SC

Você pode ter transtorno de humor ou bipolar, que alterna episódios de hiperatividade e mania com depressão e reações lentas a qualquer estímulo. Busque um psiquiatra para avaliar.

13. Tudo a ver

Há relação entre depressão e síndrome do pânico?
Suzelly Brito, Recife, PE

Algo entre 60% e 70% dos portadores da síndrome desenvolvem depressão. Porém, ficar deprimido pode ser secundário diante da grande infelicidade que acompanha a vítima de pânico, que perde a auto-estima por sofrer com dificuldades físicas e emocionais, isolamento social, medo de sair sozinho, dirigir ou utilizar meios de transporte e não se adaptar em locais com muita gente.

14. Depressão e mediunidade

A psiquiatrIa relaciona deprê e sensibilidade mediúnica?
Regiane Mendes, São Paulo, SP

O especialista ajuda o indivíduo por meio de seus conhecimentos técnicos. Não é da competência dele trabalhar questões religiosas, mas respeitar a crença de cada um.

15. Risco de contágio

Cuido de um deprimido há anos. Posso ficar como ele?
Maria Célia Souza, Rio de Janeiro, RJ

Sim, pois o cuidador também pode desenvolver problemas sociais, físicos e emocionais, além de sofrer com todo o estresse de lidar com alguém doente. O indicado é se revezar na função com outra pessoa e abrir espaço na agenda para si. Se isso não for possível, procure por apoio psicológico.

16. Recaídas: a verdade

Há 16 anos me curei depressão, mas estou com sinais de novo. Procuro ajuda?
Maristela Guedes de Freitas, São Francisco do Sul, SC

Se sentir tristeza profunda por um período superior a duas semanas, vá ao psiquiatra e solicite a avaliação clínica. Sem os cuidados corretos, os episódios de depressão tendem a se repetir até a doença tornar-se crônica.

Tipos de depressão

Reativa – Corresponde a 60% das depressões e surge a partir de situações como perdas (luto, desemprego, aposentadoria…), doença física e uso de drogas ou remédios.

Maior – Desordem grave e não relacionada com situações de estresse. Caracteriza-se, principalmente, por episódios que comprometem a vida normal, como insônia ou excesso de sono, problemas de concentração e perda de apetite. Corresponde a aproximadamente 25% de todas as formas de depressões.

Distimia – Depressão crônica, com duração de, pelo menos, dois anos. Se manifesta por meio de tristeza moderada e o paciente não apresenta tanto comprometimento em sua vida. Porém, ocorre redução na capacidade de vivenciar prazer em várias situações cotidianas.

Melancólica – Apresenta significativo retardo ou agitação psicomotora, despertar matinal precoce (por volta das três horas da manhã) e piora do humor também pela manhã. Há grande risco da pessoa cometer suicídio.

Bipolar – A vítima oscila momentos de humor (entre períodos de euforia ou irritabilidade) com períodos de grande tristeza.

Atípica – Compromete menos o humor. Aumento do apetite e do sono, além de melhora com acontecimentos favoráveis.

Psicótica – Forma grave de depressão, com delírios, alucinações, comportamento desorganizado ou com catatonia (atitude de indiferença ao mundo exterior). Há risco de suicídio.

Pós-parto – Ocorre após o parto, em um período chamado de puerpério. Mulheres que já tenham enfrentado algum quadro de depressão no passado correm mais riscos de ter o problema. A mãe apresenta séria propensão de cometer suicídio ou matar o próprio filho.

Sazonal – Na maioria das vezes, inicia-se no outono ou no inverno e apresenta melhora na primavera ou no verão. Tipicamente encontrada em países mais frios, onde há pouca luminosidade em determinados períodos do ano.

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