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Juliana Didone desabafa sobre pressão para Liz nascer de parto normal

Mesmo com cansaço extremo, a atriz revelou que ainda foi questionada no momento se ela iria realmente desistir do parto normal.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 19h53 - Publicado em 19 abr 2019, 13h49

Próximo do aniversário de 1 ano da pequena Liz, que acontecerá no próxima dia 27 de abril, Juliana Didone usou o Instagram para postar o vídeo do parto da filha e fazer um desabafo sincero sobre o momento na última quinta-feira (18).

A atriz contou aos seguidores que no começo do processo, o desejo era que a primogênita visse ao mundo por meio do parto normal. Porém, no fim, a cesárea foi o caminho para que a filha nascesse. Juliana revelou que essa mudança de planos não foi nada fácil.

Juliana explicou que a demora para postar o vídeo e registrar o momento de dar à luz foi exatamente pela culpa de não conseguir viver o parto normal. Com o depoimento, também foi possível perceber que a artista passou por um longo processo de questionamentos internos sobre o assunto para conseguir expor o que havia acontecido.

“A demora do texto veio pelas feridas que ficaram em mim com essa vivência. Tive um trabalho de parto intenso e demorado. Foram muitas horas! Sentia dores descomunais, mas dizem que é sempre assim né, então eu resistia. Ao mesmo tempo ouvia uma voz distante soprar, que não seria normal, eu não sei como, mas eu já sabia. Por crença demais, posso chamar até de obsessão por um ideal de parto, não me ouvi e assim seguimos em uma insistência dolorosa pra todos. Uma tolice das barbas não entender que as vezes é preciso modificar o caminho”, explicou a atriz. 

Ao sentir que não dava mais para continuar com o processo para o parto normal, infelizmente, Juliana ainda foi questionada pela equipe médica se ela queria mesmo “desistir”, esquecendo do peso desse verbo.

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“Minha intuição ficou sem ação e segui por longas horas assim, eu estava em sofrimento. Minha equipe dizia que estava tudo bem com a Liz, então eu e Flávio, esperançosos e perdidos, seguíamos e seguíamos mais um pouco. Não querendo parecer incrédula buscava minha fé, minhas orações. Eu acho que ela sofreu. Eu senti sua angustia. Não precisava. Eu no cansaço extremo, eu com dor agonizante tive que ouvir: Mas você vai desistir agora? Oi?! – Claro que não! Eu vou viver o parto que é pra eu viver”, enfatizou a artista.

Por fim, ela deixou bem claro que o intuito da postagem não era dizer para ninguém o que fazer sobre o nascimento do filho, mas propor uma reflexão sobre a idealização do modo que o parto acontecerá.

“Todos temos particularidades. Conseguimos entender ali que tava tudo errado, demorado, desconfortável, intolerável. Parto normal a qualquer custo? Por quê, por quem? Isso me trouxe culpa e milhares de questionamentos. Não quero falar sobre qual tipo de parto escolher e tal, quero apenas compartilhar que a minha lição é sobre não ser radical com a idealização desse momento”, esclareceu a atriz. 

Confira o post completo:

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Eu pensava que dois dias depois do nascimento da Liz, eu teria meu relato de parto emocionado e pronto. Com as palavras certas. De cinema. Quer dizer, desses que a gente lê aqui, nas mídias sociais, rs. Com o passar dos dias fui vendo que ser mãe era um árduo trabalho integral, fulltime, mal sobrava tempo pro meu tão valorizado sono. Meses se passaram e eu pensei, tudo bem, posso deixar pra escrever quando Liz fizer um ano. Seria um marco. Ri. Claro que escreveria muito antes. O tempo passou e é nesse exato momento, onde faltam poucos dias pra gente celebrar o aniversário dela que escrevo. Ufa. Por um triz. Pensando aqui enquanto tento organizar memória e relembrar sentimentos, concluo que a demora do texto veio pelas feridas que ficaram em mim com essa vivência. Tive um trabalho de parto intenso e demorado. Foram muitas horas! Sentia dores descomunais, mas dizem que é sempre assim né, então eu resistia. Ao mesmo tempo ouvia uma voz distante soprar, que não seria normal, eu não sei como, mas eu já sabia. Por crença demais, posso chamar até de obsessão por um ideal de parto, não me ouvi e assim seguimos em uma insistência dolorosa pra todos. Uma tolice das barbas não entender que as vezes é preciso modificar o caminho. Minha intuição ficou sem ação e segui por longas horas assim, eu estava em sofrimento. Minha equipe dizia que estava tudo bem com a Liz, então eu e Flávio, esperançosos e perdidos, seguíamos e seguíamos mais um pouco. Não querendo parecer incrédula buscava minha fé, minhas orações. Eu acho que ela sofreu. Eu senti sua angustia. Não precisava. Eu no cansaço extremo, eu com dor agonizante tive que ouvir: Mas você vai desistir agora? Oi?! – Claro que não! Eu vou viver o parto que é pra eu viver. Todos temos particularidades. Conseguimos entender ali que tava tudo errado, demorado, desconfortável, intolerável. Parto normal a qualquer custo? Por quê, por quem? Isso me trouxe culpa e milhares de questionamentos. Não quero falar sobre qual tipo de parto escolher e tal, quero apenas compartilhar que a minha lição é sobre não ser radical com a idealização desse momento. Mesmo que você ache ter a certeza de que aquilo é o melhor pra acontecer(contraditóri

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