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Garota com doença rara supera preconceito: ‘Me orgulho por ser diferente’

Ciera Swearingen tem 70% de seu corpo tomado por lesões pigmentares

Por Silvio Carvalho
Atualizado em 21 jan 2020, 19h38 - Publicado em 21 ago 2015, 07h00
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Apesar de ter apenas 19 anos, Ciera Swearingen já tem uma grande história de superação para compartilhar. Ela tem uma rara doença de pele chamada Nevus Congênito Melanocítico Gigante, e nasceu com mais de cem marcas espalhadas por todo o corpo. De acordo com a dermatologista Maria Rita Casagrande, a patologia acomete cerca de 1% dos recém-nascidos e, em 20% dos casos pode evoluir para um quadro mais severo. Felizmente, não é o caso de Ciera. As lesões em sua pele, apesar de não poderem ser removidas, não trazem complicações mais graves. Ela apenas tem que tomar alguns cuidados como usar protetor e evitar a exposição solar.

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Se as marcas em seu corpo não prejudicaram sua saúde, possivelmente causaram danos emocionais à garota, que teve de lidar, desde pequena, com os comentários maldosos de outras crianças da escola. “Eu lembro de um dia estar no ônibus escolar e ouvir um garoto rir e me chamar de ‘cachorro manchado’. Aquilo destruiu minha autoconfiança”, contou Swearingen a um jornal britânico. 

Mesmo sentindo o peso da diferença, Swearingen sempre recebeu apoio incondicional de sua família e aprendeu a amar a própria pele.

 Eu me lembro quando comecei a ir para escola e minha mãe me disse que minhas marcas eram beijos dos anjos. Aquilo realmente me confortou!

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Já a adolescência, que é uma das fases mais complicadas na vida de qualquer pessoa, não tem sido fácil para Swearingen. Ela já ouviu coisas horríveis dos rapazes como “Parece que você está suja, vá tomar um banho”, conta. 

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Mas ela resolveu dar um basta nisso tudo! Cansada de lutar contra o bullying e ciente de que sua pele não define sua personalidade, resolveu dar um recado para aqueles que agem com preconceito: “Me orgulho por ser diferente.Todos nós temos algo que é incomum, seja dentro ou fora de nós”. 

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Recentemente, Ciera Swearingen se formou no colégio e usou sua condição para elaborar um projeto de pesquisa. Para sua surpresa, descobriu que ela não está sozinha. Existem pessoas ao redor do mundo que compreendem sua situação. “Espero conseguir assistir a uma conferência sobre a doença, para conhecer outras pessoas com minhas condições”, completa a jovem.

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