“Não é ético ter filhos biológicos”, diz ativista do antinatalismo
A espanhola Audrey García, de 39 anos, defende que existem motivos fortes para não gerar herdeiros
Enquanto muitos casais sonham em ter filhos e constituir grandes famílias, os adeptos do movimento “antinatalista” desejam o contrário. É o caso da espanhola Audrey García, de 39 anos, que falou a BBC.
A corrente acredita que o mundo já está superpovoado e com os recursos naturais sobrecarregados. Por isso, continuar “aumentando a população” seria uma “falta de responsabilidade”.
Audrey desde adolescente pensava em não ter filhos. Entretanto, foi só aos 20 anos que a ideia se confirmou. “Simplesmente não é algo ético em um mundo superpovoado, onde falta água e comida para muitas pessoas, onde estamos destruindo o meio ambiente, onde não paramos de consumir mais e mais recursos”, disse em entrevista.
Para ela, esse comportamento também está associado ao veganismo. “Como ativista, luto contra todo tipo de exploração animal. Se eu tivesse filhos, seria responsável por criar uma cadeia sem fim de humanos que vão consumir produtos animais, porque não posso garantir de forma nenhuma que meus filhos e netos sejam veganos”, afirma.
Ser antinatalista, na opinião dela, também é ir contra o sistema estabelecido, que “supõe que uma mulher está destinada a ser mãe“.