Construa uma relação de confiança com seus filhos (sem invadir a privacidade deles)
Os adolescentes têm direito à ficar quietos no quarto, mas os pais podem (e devem) investigar caso seja necessário
Os filhos chegam à adolescência e logo surgem os dilemas: deixo dormir com o namorada? Posso mexer na mochila e no celular deles? Eles estão num momento em que se sentem donos do próprio nariz e não querem mais interferências nem dar satisfação. Mas sabemos que não é bem assim, né?
Então, como agir? “O adolescente é um indivíduo e tem direito a ter segredos e privacidade preservada, porém é importante que existam limites. Seu filho pode até não querer falar sobre certas coisas com os pais, mas a família precisa ficar atenta ao comportamento e agir, se preciso”, afirma a psicóloga Andrea Lorena.
O quarto é sagrado
Você tem todo o direito de entrar no quarto dos filhos, mas é bom bater e perguntar antes. “Esse é o espaço deles. É bom saber disso. Com tal atitude você mostra respeito, e isso é muito importante para a construção de uma relação de confiança entre pais e filhos”, orienta a psicóloga Olga Tessari. Você pode orientá-los sobre as redes sociais e seus perigos, por exemplo.
Controle a detetive que há em você
Os pais precisam saber o que está acontecendo na vida do filho, mas isso não quer dizer que você deva vasculhar mochila, gavetas ou celular. Segundo Andrea, o melhor caminho é o do diálogo, mas, se não funcionar e existir desconfiança, é obrigação dos pais investigar, e isso inclui, sim, mexer nas coisas dele.
Respire antes de explodir
Se ele teima em não dizer aonde vai e a que horas volta, diga que você precisa dessas informações e mostre que não se trata de controle, mas de segurança. “Se ele não chegar na hora combinada, ligue e pergunte se está tudo bem, não brigue de cara. Já no dia seguinte, tenha uma conversa com ele”, afirma Olga.
E o mais importante: manter o diálogo aberto e mostrar que estão disponíveis para ouvi-lo
Dormir junto?
De acordo com as especialistas, deixar ou não o filho dormir com a namorada depende dos valores e da relação que a família tem com a sexualidade. “O mais importante é conversar sobre o assunto e ouvir o que seu filho tem a dizer. Se não permitir, diga o motivo e seja clara”, indica Olga.