Como mudar o (seu) mundo
Transformar o universo depende de você e das atitudes que toma todos os dias. Inspire-se nestas ideias simples, mas surpreendentes, de como criar uma nova realidade à sua volta
Se quer realizar alguma coisa, concentre-se no presente
Foto: Getty Images
Ninguém precisa praticar ações que entrem para a história para estar certo de que a sua existência tem um impacto no universo ao seu redor. “Estamos fazendo a diferença o tempo todo”, escreve John-Paul Flintoff, autor do livro Como Mudar o Mundo (ed. Objetiva). Ele mostra que é de cada um a missão de construir um lugar mais bonito, pacífico e harmonioso para você, a família e os amigos viverem. “Não vivemos sozinhos, mas numa rede em que estamos todos conectados. Tudo o que fazemos, de bom e ruim, tem impacto na cadeia. Se cada um escolher fazer o bem, ainda que nas pequenas iniciativas, estará agindo para transformar o mundo para melhor”, explica a psicóloga Angelita Corrêa Scardua, de Vitória (ES). A seguir, seis dicas que irão ajudá-la a fazer a diferença.
Coloque uma pitada de prazer em tudo
Transformar o mundo não depende só de uma ação para exterminar o sofrimento. Também é um passo aplicar os seus talentos em algo que você goste de fazer, por menor que seja. “Quando nos engajamos com o mundo, estamos provocando um impacto. Nosso trabalho pode alegrar corações, consolar e dar às pessoas uma razão para pensar na vida como algo a ser saboreado, em vez de apenas suportado”, afirma John-Paul Flintoff.
Cultive as relações pessoais
Apesar de cada vez mais comum, deixar para depois os relacionamentos e a atenção a quem é importante para nós é uma pena – e um erro. “Quanto mais sólidos os vínculos que construímos e mantemos, maior nossa capacidade de superar as adversidades e ir à luta pelo que queremos”, diz Angelita Scardua. Sem falar que ficamos mais motivadas a fazer o bem quando sabemos que nossas atitudes vão impactar quem amamos.
Pratique a compaixão e a gentileza
Tente exercitar a compaixão, sentimento que nasce de aprender que todos nós somos iguais. “Não significa sentir pena, mas se colocar no lugar do outro e enxergar as coisas pelo ponto de vista dele”, explica John-Paul. Ser gentil no dia a dia também tem efeito transformador. “É uma questão de pensar que existe o outro, mesmo que seja um desconhecido. Esse respeito é essencial para que a sociedade funcione bem”, diz Angelita.
Repense os seus hábitos de consumo
Consumir com consciência, além de economizar dinheiro, ajuda a fortalecer a cultura da sustentabilidade, tornando o mundo um lugar melhor. Mudando de atitude, você dá a sua contribuição e influencia positivamente todos à sua volta.
Encontre sentido no seu dia a dia
A vida tem o significado que atribuímos a ela, nem mais nem menos. Então cabe a cada um dar à vida que leva um propósito maior. Isso quer dizer ir, sim, atrás do seu sonho, acreditar que cada dia será melhor e trabalhar para isso. “Tentar entender como o que você faz afeta positivamente outras pessoas também dá a sensação de que somos parte de algo maior, o que aumenta a autoestima e a felicidade”, sugere Angelita Scardua. “Um mundo bom é aquele em que as pessoas veem sentido no que fazem”, completa John-Paul.
Comece agora mesmo
Várias vezes deixamos para “um dia, quem sabe” a realização de um sonho ou uma boa ação: porque é algo complicado, que exige tempo ou simplesmente não vai trazer resultado imediato. Mudar o mundo, então, daria um trabalhão ou seria impossível, portanto, nem vale a pena tentar, não é? Nada disso. “Adiar nossas metas para quando as circunstâncias forem mais favoráveis – quando conseguirmos um emprego melhor ou nos aposentarmos – é pensar de maneira estática”, diz John-Paul Flintoff. Se quer realizar alguma coisa, concentre-se no presente. “Pergunte a si mesma: o que posso fazer nas próximas 24 horas? Pois se não fizer nada nas próximas 24 horas, o que a leva a pensar que um dia fará?”, desafia o escritor.