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Como escolher a maternidade

A maternidade onde você vai ter o seu filho precisa ser a melhor - na competência, no conforto, no atendimento e, claro, nos custos

Por Yara Achôa (colaboradora)
Atualizado em 29 out 2016, 01h16 - Publicado em 11 nov 2010, 22h00

Comece a pensar no assunto por volta do quarto mês de gestação para ter tempo de analisar as possibilidades
Foto: Getty Images

Na natureza, na hora de ter os filhotes, a fêmea anseia por um ninho longe de predadores, isolado e que não seja quente nem úmido demais. Ou seja, instintivamente ela quer segurança, tranquilidade e conforto. Nós, mulheres, buscamos as mesmas coisas. Ao procurar a maternidade ideal, toda mãe sonha com instalações bem equipadas, suporte tecnológico para qualquer emergência, profissionais treinados para atender às suas necessidades e às do bebê e, de quebra, um cardápio diversificado e gostoso. Ah! Sala privativa para as visitas também é bem-vinda. De preferência, com todos os custos cobertos pelo plano de saúde.

Para agradar às futuras mães, as maternidades não poupam criatividade e investimentos em serviços diferenciados – vários deles parecidos com as regalias de um hotel cinco estrelas, como dieta gastronômica, aulas de ioga, cromoterapia nos quartos e até serviços delivery de manicure, cabeleireiro e massagista. São tantas comodidades e mimos que até fica difícil escolher. Afinal, o que realmente deve ser levado em conta?

Disponibilidade e acesso

 
Para ter tempo de analisar cuidadosamente as possibilidades, comece a pensar no assunto por volta do quarto mês de gestação. “A escolha do local envolve planejamento e deve considerar aspectos como a facilidade de locomoção e de transporte para chegar rápido em caso de emergência, a comodidade de acesso para amigos e familiares e a disponibilidade do médico que vai realizar o parto para atender no local desejado”, aconselha o obstetra Eduardo Cordioli, de São Paulo.

Um bom começo, portanto, é pedir ao seu médico uma relação dos hospitais nos quais ele atua. “Com essa lista, é possível buscar referências com amigos e visitar pessoalmente os locais indicados. Estando lá, verifique se a instituição possui selo de qualidade – tanto maternidades particulares quanto públicas contam com essas certificações”, diz a ginecologista e obstetra Márcia Aquino.

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A recomendação é endossada pelo também médico Waldemir Rezende, de São Paulo. “Há certificações nacionais e internacionais. Elas só são concedidas após cuidadosa verificação dos procedimentos da instituição e constituem uma garantia para a mulher”, afirma ele. Então, informe-se sobre os certificados concedidos à maternidade que tem em vista, peça explicações sobre o que cada um deles atesta e considere que as certificações internacionais geralmente indicam que o centro avaliado foi comparado aos padrões mais rigorosos de países europeus e dos Estados Unidos. Avalie o que apurar com seu obstetra.

Segurança

Segundo os especialistas, segurança é o quesito mais importante a ser observado. E não se trata de conferir apenas os recursos disponíveis para lidar com eventuais emergências médicas. Os cuidados devem começar já no acesso ao ambiente hospitalar. “É imprescindível que todos os visitantes sejam identificados na recepção e que haja critérios claros para a autorização de entrada”, afirma Cordioli. Verifique também a existência de câmeras de segurança nos corredores e de portas dividindo as áreas de circulação e de internação. Em relação aos recém-nascidos, toda a movimentação deve ser rigorosamente monitorada. Vale a pena, inclusive, conferir se existe um elevador exclusivo para o transporte dos bebês pelas diferentes dependências.

A maternidade precisa contar com equipe multiprofissional de plantão 24 horas por dia, mesmo nos fins de semana. Nela, deve haver, no mínimo, obstetras, neonatologistas, enfermeiros e anestesistas, com pronto-atendimento clínico e obstétrico disponível em tempo integral. A presença de outros especialistas também é desejável para responder a eventuais emergências. Recomenda-se pelo menos um clínico geral, um cirurgião geral e um ultrassonografista. “Hoje é comum as mulheres terem o primeiro filho após os 35 anos e também há muitos casos de gestações múltiplas, devido aos processos de fertilização. Esse conjunto de fatores aumenta o risco de complicações na hora do parto e nunca se sabe quando pode ocorrer uma emergência”, diz o médico Alberto d’Áuria.

Para lidar com atendimentos de alta complexidade, a estrutura deve dispor ainda de UTI adulto e neonatal. “Muita gente só lembra da importância desses recursos no momento em que eles são necessários”, afirma Rezende. É imprescindível ainda que a maternidade disponha de um setor de medicina fetal, de banco de sangue 24 horas, laboratório e equipamentos para diagnóstico por imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. “Se esses recursos não estão à mão, a necessidade de uma transferência hospitalar para realizar um procedimento pode atrasar uma intervenção de urgência”, alerta Cordioli.

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Humanização

Há maternidades que investem na maior proximidade entre mães e recém-nascido. Informe-se se há alojamento conjunto e pergunte ainda se, em caso de internação na UTI neonatal, há restrições de horários para você acompanhar o bebê e se são permitidas visitas controladas do pai e de irmãos. “É fundamental que a UTI neonatal ofereça um ambiente aconchegante e disponha de programas de redução de estresse para os bebês”, ensina Cordioli.

Já no que diz respeito ao parto e ao bem-estar da mãe, Márcia recomenda a escolha de um hospital que tenha instalações especialmente voltadas à estimulação do parto normal. “Para a mulher que planeja um parto natural, por exemplo, é importante contar com acessórios como banheira, bola suíça e cadeira de parto”, diz ela. Nas visitas, informe-se ainda sobre a política do hospital em relação à presença do pai na sala de parto. Alguns cobram taxas – a título de reembolso de descartáveis – para permitir esse acesso, mas trata-se de uma prática irregular.

Finalmente, confira se o hospital é qualificado como “amigo da criança”. Esse título, criado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Organização Mundial da Saúde, só é conferido às maternidades que estimulam a amamentação na primeira hora de vida, dispõem de um grupo de apoio à amamentação e oferecem lactário. “O ideal é que a maternidade conte com banco de leite para garantir a nutrição do recém-nascido em caso de necessidade”, sugere d’Áuria.

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