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Cachorro de presente de Natal? Não é uma boa ideia

Surpreender com um animal de estimação pode parecer uma boa ideia, mas não é. Confira a opinião de especialistas

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 15h19 - Publicado em 17 dez 2015, 17h01

A cena do bichinho enfeitado com um laço de fita chegando na noite de Natal é linda, mas é melhor reconsiderar a ideia. Afinal, como apontam veterinários, ter um animal de estimação deve ser uma escolha consciente do futuro dono. É importante saber se a pessoa – ou, no caso de uma criança, seu responsável – consegue realmente cuidar do pet.

“Ter um bicho requer compromisso por longo tempo: cães e gatos vivem, em média, 15 anos e não podem ser trocados se os pequenos não gostarem, como fazem com um brinquedo”, diz Gilcinéa de Cássia Santana, veterinária e professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Ela mesma já passou pela situação. “Meu filho ganhou um cãozinho de aniversário. Ficamos felizes, mas logo encontramos impasses: não tínhamos espaço suficiente em casa e nem o tempo necessário para dar atenção ao filhote. No fim, devolvemos o cachorro para quem havia dado, o que, até hoje, é uma grande frustração para mim e para meu filho”, lembra.

É justamente durante o período de férias e festas de final de ano que o abandono de animais domésticos aumenta. “Cães e gatos são soltos na rua ou até mesmo devolvidos para os locais onde foram adotados porque os donos não podem levá-los para as viagens já programadas ou não têm com quem deixá-los”, afirma Dionísio Rebecca, veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo.

Para evitar que isso aconteça, muitas instituições dedicadas à proteção dos animais nem permitem a adoção quando o intuito é presentear. “Aqui, entrevistamos os interessados e vistoriamos suas casas. Não levamos o processo adiante com alguém que quer dar o bichinho ou surpreender outra pessoa”, explica Susan Yamamoto, uma das fundadoras da ONG Adote um Gatinho, em São Paulo.

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Quando a criança pede um pet de presente, ela não está ciente dos compromissos que terá que assumir; então, cabe aos pais conscientizá-la. “Não dá para considerar que os pequenos vão dar conta sozinhos dos cuidados com o animal até o fim da vida dele, mas é preciso mostrar que terão que fazer sua parte”, orienta Susan. Explique a seu filho que a rotina da família mudará e pergunte se ele está disposto a diminuir a frequência das viagens, por exemplo. “Deixe claro também que será necessário avaliar se a casa tem espaço o bastante, se vocês dispõem de tempo para cuidar do bicho e se os gastos cabem no orçamento”, aconselha Gilcinéa. Tente simular quais tarefas cada pessoa assumiria e confirme se todos estão de acordo. Com tudo esclarecido, a adoção terá mais chances de se tornar uma parceria feliz e duradoura.

*Reportagem de Nina Garcom.

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