Aprenda a lidar com as corujices da tia do seu bebê
Ela dá a maior força nos cuidados com o bebê, enche seu filhote de carinho. Mas, de vez em quando, extrapola nos mimos, desperta seu ciúme... Saiba como lidar com a tia-coruja
“Mensagens que fazem o pequeno pensar: “Minha mãe é malvada, minha tia é boazinha” só atrapalham a educação”, Lúcia Rosenberg, psicoterapeuta
Foto: Getty Images
Além das avós, que costumam ser um grande apoio, hoje as mães contam com irmãs, cunhadas e amigas, sempre por perto para ajudar a cuidar do bebê. São mulheres que escolheram deixar a maternidade para mais tarde ou optaram por não ter filhos e direcionam o instinto materno para os sobrinhos. Se seu filho tem uma tia coruja, você sabe como ela participa mesmo. Dá banho, troca fralda e, se preciso, até leva ao médico. “E não só você, como mãe, mas também a tia pode colher alegrias dessa experiência compartilhada”, afirma a psicoterapeuta Lúcia Rosenberg, autora do livro Cordão Mágico – Histórias de Mãe e Filhos (Ofício das Palavras).
Por outro lado, pode acontecer de ela exagerar nos paparicos, subverter certas regras da educação que você deseja passar para o pequeno… Saiba o jeito certeiro de agir nessas horas sem abalar a relação.
Com ela é mais legal
Como não tem a responsabilidade de educar, a tia acaba permitindo certas regalias que nem sempre existem em casa. Se você fica muito brava quando isso acontece, é hora de entrar num acordo com ela. “As mães não podem ser tão rígidas nem as tias tão abusadas, transgressoras. O ideal é que exista um ajuste fino entre vocês para melhor nortear a educação da criança”, ensina Lúcia. Solicite à tia que respeite as regras da sua casa. Ela deu uma escorregada e liberou o sorvete antes do almoço? Peça que, no mínimo, ela faça seu filho escovar os dentes e tire as outras guloseimas de cena naquele dia – o que não pode é deixar que você fique na posição de bruxa malvada da história. “Mensagens que fazem com que o pequeno pense: Minha mãe é má e minha tia é boazinha não ajudam em nada na educação do bebê”, avisa a psicoterapeuta.
Quando o mimo é demais…
Tias amam presentear os sobrihos. Mas pode acontecer também de a mãe achar que a tia não tem o direito de dar justamente os presentes que ela gostaria de comprar. O que fazer nesse caso? O jeito é pedir, com delicadeza, que a “mãedrinha” contenha o impulso de comprar tudo e mais um pouco. Explique, por exemplo, que quer ter o gostinho de organizar a festa do filho ou de escolher os modelitos para ele usar. Procure não conversar num momento de raiva, pois, afinal, ela só age assim porque adora o sobrinho – e não por querer competir com você.
A hora de voltar para casa
Se souber lidar com as corujices em excesso, você vai ver que a supertia só tem a acrescentar – e que não está nem um pouco interessada em assumir o papel de mãe. Aliás, o que ela quer mesmo é dar o melhor ao sobrinho e continuar curtindo a vida dela.