Ajude seu filho a encarar as mudanças de um novo ano letivo
Para crianças e adolescentes, o começo do ano letivo é sinal de mudança: de turma, de professor, de escola. É hora de estar ao lado dele.
Ajude seu filho a encarar as mudanças: seja otimista, mas não exagere nos cuidados.
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Mudar, para as crianças, pode ser difícil. Elas vivem sob regras determinadas por adultos. “Por outro lado, mudar pode ser agradável e motivador, pois o mundo é mais ´novo´para os pequenos”, explica Fraulein Vidigal de Paula, professora do Instituto de Psicologia da USP.
Com a chegada de um ano letivo, vale acompanhar de perto as reações do seu filho. Alteração no apetite, sono, humor e irritabilidade, agressividade, dor de abrriga e isolamento são sinais de atenção.
Com agir com seu filho
. Envolva-o nas decisões.
. Dê informações práticas e concretas sobre o que virá pela frente.
. Imagine com seu filho como será a experiência.
. Promova o entrosamento.
. Incentive o esporte.
. Estabeleça um diálogo afetuoso
. Aproveite o período naturalmente associado a sentimentos de mudanças.
Quando, como e onde procurar ajuda
Orientação na escola
Em aproximadamente duas semanas, a maioria das crianças e adolescentes se adapta à nova rotina. Esse é um período de ajuste tanto para elas quanto para os pais e a escola.
Caso seu filho ainda demonstre infelicidade após um mês, é hora de ir conversar na escola para entender melhor o que se passa: ele pode estar com dificuldades específicas ou a escola talvez não esteja oferecendo as condições para essa adaptação a contento. “O importante é não ignorar os sinais que a criança e o adolescente apresentam, e, junto com a escola, examinar as condições para se compreender o que está acontecendo e se promover as mudanças que melhor favoreçam a superação dos obstáculos que impedem a adaptação à nova rotina”, aconselha Fraulein.
Orientação psicológica
Quando o apoio em casa e o trabalho conjunto família e escola não surtem resultado, é hora de buscar um psicólogo que possa auxiliar na compreensão do que está acontecendo e descobrir o que está travando o processo natural de adaptação do estudante à nova situação. “Evite o pensamento mais recorrente nesta ocasião de que a causa da inadaptação tem origem em um problema interno da criança”, lembra Fraulein.
Uma boa atuação desse profissional deve incluir entrevista com os pais, a criança e a escola, além de observação do ambiente escolar para elaboração de um bom diagnóstico, o que deve ser seguido de orientação ou uma proposta de atendimento seja desenvolvida, se necessário.