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5 medidas simples que favorecem o vínculo e aproximam pais e filhos

Da licença paternidade às atividades do dia a dia, pais presentes têm muitas oportunidades para construir uma relação forte de amor com seus filhos.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 11h42 - Publicado em 11 ago 2019, 07h30

Os cinco dias de licença paternidade determinados no parágrafo primeiro do artigo 10 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) são um direito de todo pai que trabalhe em regime de CLT. Vale para pai em casal heterossexual, homossexual, pai biológico ou adotivo.

Mas é pouco, muito pouco tempo para construir vínculos com o bebê. Nesses cinco primeiros dias depois do nascimento ou da chegada da criança, tudo é uma correria: mãe cansadíssima, dividindo seu tempo entre amamentar ou alimentar o pequeno e tentar descansar um pouco, pai correndo atrás de documentos e focado em fazer compras e outras coisas do dia a dia. Quando ele volta ao trabalho fica aquela sensação de “ué, mas já?”.

Pois é, já. O que está longe de significar que a chance de criar vínculos esteja perdida. “Ele tem as noites e os fins de semana para essa aproximação. A dedicação reservada para estes momentos é o que mais importa no vínculo pai-filho”, afirma a psicóloga Milene Rosenthal, cofundadora da TelaVita.

Além disso, algumas empresas optam por conceder licenças paternidade mais longas que os cinco dias obrigatórios, o que não apenas facilita a construção do vínculo paterno como também melhora o desempenho do funcionário na volta ao trabalho.

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Confira, a seguir, cinco medidas dos pais e/ou dos empregadores que favorecem a aproximação entre pais e crianças.

Assumir atividades diretas com o bebê

A única tarefa em que o pai não consegue substituir a mãe é a amamentação; de resto, ele é capaz de fazer qualquer coisa. Milene sugere que o homem assuma cuidados cotidianos básicos nas horas em que estiver em casa: dar banho e trocar as fraldas do bebê. São incumbências simples, que aliviam um pouco a carga da mulher e que promovem a proximidade entre pai e filho ou filha.

Conceder licença paternidade prolongada aos funcionários

Muitas empresas aderem ao Programa Empresa Cidadã e, em troca de isenções fiscais (isto é, abatimento nos impostos), dão licença-paternidade de 20 dias para seus funcionários. Outras vão além e prolongam a licença paternidade por conta própria.

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É o caso do Facebook. Desde 2016, a política global da empresa é conceder quatro meses de licença remunerada para os pais ficarem com seus bebês. Esse período pode ser tirado de uma vez ou “parcelado” de acordo com a vontade do funcionário. “A comunidade mais importante para os funcionários é a família, então decidiu-se por dar ao homem a oportunidade de ter uma experiência prolongada com seu recém-nascido”, explica Weider Campos, diretor de Recursos Humanos do Facebook na América Latina.

Ele relata que os pais voltam ao trabalho com a performance melhor, mais felizes e mais produtivos. “Todos contam que foi a melhor experiência que poderiam ter tido, principalmente quando há a comparação com uma empresa anterior em que eles só tenham tido os dias garantidos por lei. E também passam a enxergar a licença maternidade com outros olhos. Todos saem ganhando.”

Na Diageo (empresa proprietária das marcas Johnnie Walker, Ypióca, Smirnoff e Tanqueray), o benefício é ainda maior: desde 1º de julho de 2019, os pais podem tirar o mesmo período de licença que as mães – 6 meses. Por lá, o tratamento é de “licença familiar”, com o objetivo de ajudar os funcionários a focar na construção de suas famílias e, ao mesmo tempo, prosperar na vida profissional.

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“Nós acreditamos que as empresas têm um papel importante na formação do futuro da sociedade, e fazer mudanças ousadas em suas políticas e nos ambientes em que seus funcionários atuam ajuda a garantir que o progresso aconteça verdadeiramente”, afirma Gregório Gutiérrez, presidente da Diageo para a região PUB (Paraguai, Uruguai e Brasil).

Aproveitar a licença paternidade prolongada

Se a empresa oferece uma licença paternidade prolongada, o pai deve aceitá-la e aproveitá-la para criar vínculos fortes com os filhos em período integral por mais tempo. Eduardo Lopes, gerente de políticas públicas do Facebook, fez assim.

Pai dos gêmeos Martim e Cecília, de 6 meses de vida, ele tirou três meses de licença quando os bebês nasceram e usufruirá do mês restante assim que sua mulher, Maria, voltar ao trabalho. “Foi um período muito intenso, não tem uma situação com a qual eu não tenha lidado – banho, febre, pediatra, todas as orientações. São momentos únicos, que nunca vão voltar, e eu estava lá em todos”, comemora.

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Ele valoriza a atitude da empresa e declara que o sentimento é de que trabalha em um lugar que respeita os funcionários para que a vida seja boa tanto no pessoal quanto no profissional. “Não imagino como poderia ter sido se o Facebook não tivesse incentivado tanto e se eu não tivesse podido ficar todo esse tempo com minha família.”

Usufruir dos direitos de acompanhar o pré-natal e as consultas com pediatra

A lei garante aos pais o direito de acompanhar duas consultas de pré-natal ao longo dos nove meses de gestação e uma consulta médica da criança por ano, até ela completar 6 anos de idade. Ir a essas consultas é importante para o vínculo familiar e para estar por dentro do desenvolvimento do filho ou da filha.

Mas também é bem pouquinho, por isso muitas empresas dão um passo á frente e concedem mais que isso. No escritório contábil Andrade & Fraga, os funcionários podem acompanhar uma consulta de pré-natal por mês e ir ao pediatra para o acompanhamento do desenvolvimento do bebê uma vez por mês no primeiro ano de vida e duas vezes por ano até ele completar 6 anos. “Se houver necessidade de mais que isso, o RH negocia caso a caso. Mas, como regra, não impedimos que os pais estejam presentes em momentos tão importantes na saúde dos filhos e da família”, afirma a diretora de recursos humanos Rebeca Silva.

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Qualquer que seja a política da empresa, a dica é: aproveite. A emoção de ouvir os batimentos cardíacos do bebê nos ultrassons de pré-natal e de depois vê-lo sendo pesado e medido no pediatra é inesquecível.

Ir a reuniões de pais e mães com os professores na escola da criança

É legal perguntar para a criança como foi o dia na escola e ler as observações dos professores na agenda, e isso pode ser muito enriquecido com a presença nas reuniões de pais e mães com os profissionais.

“Existem detalhes do dia a dia e até algumas observações sobre a personalidade infantil que só os professores são capazes de notar e relatar aos pais. Ir aos encontros na escola permite que eles saibam de lados da criança que não se manifestam tanto assim em casa, e o vinculo acaba ficando ainda mais forte. Tendo a possibilidade, os pais devem comparecer”, orienta a psicopedagoga Stéphanie Bauer.

* Consultoria jurídica da advogada Cintia Lima, do escritório Cintia Lima Advocacia e Assessoria Jurídica.

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