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3 situações que as mulheres que não querem ter filhos enfrentam

Cada vez mais mulheres abrem mão da maternidade em função da carreira ou realizações pessoais. Mesmo sem frustações, elas são o tempo todo questionada e acabam ouvindo frases desagradáveis.

Por Aline Gomiero
Atualizado em 28 out 2016, 00h53 - Publicado em 29 abr 2014, 22h00

“Eu quero engravidar?” Por séculos, essa não era uma questão para as mulheres, elas seriam mães e ponto. Hoje, a maternidade já não é obrigação social ou imposição biológica. Com o advento da pílula, de outras formas de contracepção e, principalmente, de um novo entendimento do casamento e da vida pessoal, a mulher passa a ter a liberdade de escolher se deseja ser mãe, papel que exige disponibilidade emocional e tempo.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou em 2010 que um em cada cinco casais no Brasil não tem filhos e uma em cada dez mulheres não pretende engravidar. Esses números têm crescido rapidamente. Em 2000, o número era metade disso e a proporção de casais com filhos caiu de 55% para 47% em dez anos.

Mas apesar da liberdade dos tempos atuais, muitas mulheres ainda sentem dificuldade em negar a maternidade e enfrentam algumas cobranças. Para a terapeuta comportamental e escritora Ramy Arany, co-fundadora Instituto KVT Desenvolvimento da Consciência Empresarial é Assistente social, não estamos mais no tempo de haver pré-conceito em relação à isto. “É direito de cada mulher escolher o que é melhor para a vida dela. São muitos fatores que envolvem esta questão, dentre eles está o fato da mulher não se sentir bem com esta capacidade de cuidar de uma criança, de ser uma mãe presente, de dar preferência ao trabalho, a uma carreira profissional, de não querer perder sua liberdade, não aceitar adoção, dentre outros. Nestes casos a mulher pensa e acolhe a ideia de que realmente não nasceu para ser mãe, deixando esta missão para aquelas que sentem este chamado ou são capacitadas para isto”, explica.

Filhos? Não, obrigada.

A pressão para ter filhos é grande. As perguntas dos amigos, parentes e até desconhecidos, principalmente para as casadas, costumam girar acerca do mesmo tema: quando o bebê será “encomendado”. A jornalista Talita Batista, 28 anos, de São Paulo (SP), é um exemplo da geração que nem cogita aumentar a família. Casada há três anos, ela conta que sempre que comenta sobre este assunto acaba se chateando. “Eu sinto que não nasci para ser mãe. Já fui julgada e, até mesmo, chamada de insensível por familiares e amigos. Mas eu sei que posso ser feliz se não tiver filhos”, ela diz.

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De acordo com Arany, a vontade de ser mãe deve vir de dentro para fora, e não ser imposta de fora para dentro para apenas cumprir obrigações ou satisfazer os desejos de outro pessoa. As pessoas precisam entender que o modelo de família já não é mais o mesmo. “Hoje tanto homem quanto mulher objetivam questões diferentes relativas à questão família comparado ao modelo anterior onde, a prioridade da realização com o casamento era ter filhos. A mulher não deve se preocupar em ser abordada de forma desagradável sobre isto. Deve de fato ser segura de sua escolha, e ter a tranquilidade para falar sobre isto.”

Listamos abaixo três exemplos de frases desagradáveis que a mulher que não quer ser mãe poderá escutar. Saiba ainda como responder com classes a todas as cobranças dos amigos e família.

1. “Você seria muito mais feliz se tivesse filhos”

“Se você é uma mulher que sente que não nasceu para ser mãe, seja verdadeira consigo mesma observando o porquê deste seu sentimento e, sendo verdadeira, também, com aqueles que você sente que necessita compartilhar sobre isto”, ressalta a terapeuta. Explique aos familiares com carinho que essa é a sua escolha e que todos devem respeitar.

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2. “E se seu marido quiser muito ser pai?”

“O peso da escolha de ter ou não filhos ainda recai sobre a mulher, embora hoje seja uma decisão mais do casal. Porém, é preciso que se respeite a vontade da mulher em não ser mãe, pois gostando ou não, a escolha de ser ou não mãe é direito dela”, afirma Arany.

3. “Você acha que trabalho é mais importante do que sua família?”

Mais uma vez Arany ressalta que o principal motivo da mulher para abrir mão de ser mãe é poder fazer o que bem entender. Nesse pacote, estão incluídos a carreira profissional e a vida social, como sair com os amigos e viajar. Outra questão importante é o dinheiro. Não se preocupe com o que as pessoas pensam. Coloque a sua felicidade e escolhas em primeiro lugar.
 

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