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Saiba quais são os riscos de fazer uma inseminação artificial caseira

O procedimento é simples, mas as complicações podem ser sérias. Conversamos com especialistas para entender sobre os perigos de fazer a inseminação em casa.

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 15 jan 2020, 17h33 - Publicado em 21 Maio 2019, 13h35

Sejamos francas: fazer uma inseminação artificial não é simples. O procedimento realizado em clínicas particulares costuma ser muito caro, os convênios não cobrem, a conquista pelo sistema público de saúde leva uma eternidade, a doação de sêmen é burocrática… Por essas e outras, muita gente tem recorrido à prática caseira. Mas atenção: o preço também pode ser alto!

Para realizar o sonho da maternidade, muitas mulheres procuram pela internet doadores de sêmen e fazem sozinhas (ou com auxílio de outra pessoa não especializada) o procedimento para introduzir os espermatozóides em seu corpo. E para ‘ajudá-las’ há até tutoriais em vídeo e grupos nas redes sociais focados no tema. Todo esse ‘suporte’ dá uma falsa impressão de que vai ficar tudo bem… Há relatos e mais relatos de mulheres que conseguiram engravidar, porém, junto com o positivo podem vir complicações físicas e emocionais.

“O drama da maioria das mulheres que não podem acessar serviços especializados particulares e amargam o avanço da idade na fila do SUS é real, fazendo com que medidas desesperadas sejam adotadas. Mas é preciso informar e alertar sobre os riscos”, enfatiza o dr. Yuri Neher, ginecologista da Cia. da Consulta.

Os perigos reais da inseminação caseira

Machucados e hemorragias: “Há a possibilidade de machucar a vulva, a vagina e o colo do útero ao introduzir as seringas com o líquido seminal, podendo provocar hemorragias e infecções secundárias nas feridas”, lista o dr. Yuri Neher, ginecologista da Cia. da Consulta. Isso sem contar o perigo de utilizar materiais que não foram devidamente esterilizados.

Doenças: quem costuma procurar essa prática geralmente são mulheres que não têm um parceiro e aceitam o sêmen doado informalmente. “Como esse material não provém de um banco de reserva, não foi analisado, não passou por exames de triagem clínica, há uma real possibilidade de transmissão de doenças graves, que podem afetar a saúde da mãe e do futuro bebê”, explica o médico Marcelo Marinho de Souza, diretor do Fertipraxis. E o dr. Vamberto Maia Filho, ginecologista e obstetra, sócio do grupo MAE, alerta para o alto risco de doenças sexualmente transmissíveis.

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Contaminação: “A manipulação do sêmen em ambientes abertos pode gerar contaminação por bactérias e fungos”, completa Marcelo.

Problemas jurídicos

Não apoie irregularidades: jamais aceite pagar pelo procedimento feito por profissionais não habilitados ou em ambientes inadequados.

Outra preocupação deve ser em relação ao homem doador do sêmen. “A falta de qualquer controle jurídico sobre esta paternidade desconhecida dá espaço para que no futuro seja solicitado teste de paternidade”, alerta o dr. Vamberto.

E saiba que, por lei, o sêmen não pode ser vendido! Em nota, a Anvisa alerta: “No Brasil, é proibido todo tipo de comercialização de material biológico humano de acordo com o art. 199 da Constituição Federal de 1988. Toda doação de substâncias ou partes do corpo humanos, tais como sangue, órgãos, tecidos, assim como o esperma, deve ser realizada de forma voluntária e altruísta”.

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