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E quando sair de casa é uma questão de saúde?

Apesar da pandemia, pacientes com doença renal crônica em hemodiálise não podem ficar em casa devido ao tratamento

Por Da Redação
Atualizado em 31 mar 2020, 10h27 - Publicado em 30 mar 2020, 11h30

Fundamental para a contenção do avanço do Coronavírus, a orientação de isolamento social parece ter começado a mostrar resultados. Mas, infelizmente, não é possível de ser praticada por todos. Para quem necessita dos serviços de saúde a situação é complexa. Pacientes com doença renal crônica (DRC), por exemplo, que precisam deslocar-se semanalmente para os centros de diálise, apenas no Brasil são 130 mil. O isolamento social, portanto, para esse grupo, não pode ser total. Isso acaba por torná-los mais vulneráveis ao vírus?

De acordo com a nefrologista Andrea Pio de Abreu, diretora da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o risco de contrair o COVID19 é o mesmo para pacientes renais crônicos e para a população geral que adota as mesmas medidas de prevenção e estão em área de risco similar. 

Logo, pacientes em regiões onde há transmissão comunitária e que não conseguem manter um distanciamento adequado de outras pessoas, fazendo uso de transporte público para se deslocarem aos centros de tratamento acabam mais expostos aos riscos de contrair o Covid-19. A DRC, por sua vez, não influencia diretamente na vulnerabilidade ao contágio, mas torna os pacientes mais suscetíveis a terem complicações uma vez contaminados.

“Isso significa que o maior acometimento pulmonar e, consequente necessidade de internação, é mais frequente neste grupo do que na população geral. A maior parte dos pacientes com DRC também apresentam pelo menos outro fator de risco: hipertensão e/ou diabetes – as duas maiores causas de doença renal no Brasil e no mundo , assim como idade avançada”, aponta.

A nefrologista explica que em casos de infecção pelo Coronavírus, é essencial que os pacientes renais crônicos em hemodiálise observem seus sintomas e entrem em contato com sua clínica para orientações antes de chegar a sua unidade de diálise. “Informar-se antes do fluxo a ser adotado na clínica em caso de infecção é fundamental”, orienta. 

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Mas eles não são os únicos a precisarem estar atentos. Além do cuidado com os pacientes, Abreu ressalta que os nefrologistas devem manter-se constantemente atualizados quanto às recomendações, normas e procedimentos envolvidos nos centros de terapia renal substitutiva para prevenção, controle e resolução adequada quando surgirem casos positivos de Covid-19.

“As recomendações têm sido amplamente divulgadas, englobando desde o paciente renal crônico em tratamento conservador, pacientes em diálise, pacientes com doença renal na faixa etária pediátrica, pacientes com doenças raras e transplantados renais. São dinâmicas e podem ser atualizadas conforme o cenário da pandemia no país”, ressalta a diretora.

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