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‘Não tem sentido reduzir ainda mais os recursos’, diz Drauzio Varella sobre PEC 241/16

Segundo o médico, a chamada 'PEC do Teto' vai atingir (e prejudicar) o SUS.

Por Redação Brasil Post
Atualizado em 21 jan 2020, 03h58 - Publicado em 11 out 2016, 14h24
Globo/João Miguel (/)
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Drauzio Varella, em depoimento dado ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), mostrou-se preocupado com a aprovação da PEC 241/16, a “PEC do Teto”. Para ele, “não tem sentido reduzir ainda mais os recursos da saúde”.

De acordo com o novo regime fiscal, as despesas serão limitadas com base no valor do ano anterior somado à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), publicado pelo IBGE.

A partir do décimo ano de vigência, a proposta poderá ser alterada pelo presidente em exercício. O objetivo geral da medida é contribuir para o ajuste fiscal, a fim de retomar a confiança no mercado brasileiro, atrair investimentos e acelerar a atividade econômica.

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“A inflação médica, dos serviços médicos, é muito mais alta. Equipamentos, novos remédios, novas tecnologias…”, disse o médico. Para ele, a chamada “PEC do Teto” pode acabar prejudicando o Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS é uma conquista que não pode desaparecer. E, na medida que a gente vai cortando os recursos, nós deixamos grandes massas populacionais desassistidas”, comenta Drauzio, em depoimento gravado antes da aprovação da medida, em agosto.

A votação

Após mais de dez horas de discussão, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno, com 366 a favor, a PEC 241/16, que limita os gastos públicos. Foram 111 votos contas e duas abstenções. A votação é considerada o primeiro grande teste do governo de Michel Temer no Congresso e, portanto, uma grande vitória do presidente empossado há pouco mais de um mês.

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Temer também exonerou três ministros, que são deputados federais licenciados, para voltarem ao cargo no Legislativo. Saíram do posto temporariamente: Bruno Araújo (Cidades), Fernando Coelho (Minas e Energia) e Marx Beltrão (Turismo) nesta segunda (10).

Críticas

Uma das principais críticas é que a medida terá impacto negativo nas áreas sociais. De acordo com a proposta, os gastos em ações de saúde pública e educação vão se manter em 2017 seguindo as aplicações mínimas previstas na Constituição. A partir de 2018, serão corrigidos pelo IPCA.

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Em sua conta no Twitter, a ex-presidente Dilma Rousseff pediu apoio a uma petição contra a PEC. “No lugar de cortar os gastos supérfluos do alto escalão dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, como os auxílios moradias e alimentação dos magistrados, o governo preferiu propor a PEC 241/2016, que limita os valores a serem investidos nos serviços públicos afetando diretamente a população brasileira”, diz o texto.

Lançado nesta segunda-feira com apoio da oposição, o estudo Austeridade e Retrocesso: Finanças Públicas e Política Fiscal no Brasil faz duras críticas ao teto de gastos. A publicação considera a PEC incompatível com a Constituição de 1988 e aponta que há decisões políticas para motivar o empenho do Palácio do Planalto em aprovar a medida.

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