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Enxaqueca: por que mulheres são mais propensas e como aliviar os sintomas?

Mulheres apresentam três vezes mais risco de ter crises de enxaqueca do que os homens.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 18h06 - Publicado em 14 Maio 2019, 08h30

Quase todas as pessoas têm dores de cabeça de vez em quando – são raríssimas as sortudas que nunca tiveram uma –, mas se essa sensação ruim vem acompanhada de dores nos olhos e no pescoço, sensibilidade à luz, náuseas e vômitos e uma pressão na cabeça, é muito provável que se trate de um caso de enxaqueca. Médicos e médicas especialistas em neurologia, em clínica geral ou em dor podem fazer esse diagnóstico e encaminhar o tratamento adequado.

Agora vamos a um dado chato, mas importante sabermos para ficarmos atentas aos sintomas: nós, mulheres, somos três vezes mais propensas a ter enxaqueca do que os homens. Isso é comprovado pela experiência clínica de médicos e também por um estudo realizado pelo Centro de Nutrição Clínica da Universidade de Newcastle, no Reino Unido. A causa está nos hormônios.

Myrna Campagnoli, endocrinologista do Salomão Zoppi Diagnósticos, esclarece que existem quatro tipos de enxaqueca: alimentar, motivada por privação do sono, por estresse e hormonal. Nas três primeiras, a incidência é igual em homens e em mulheres; é na última, hormonal, que a diferença é gritante e causa esse desequilíbrio que aponta termos o triplo de risco de sofrer crises da doença.

“O responsável por isso é o estrogênio, o hormônio feminino. A queda dele no organismo é um gatilho fortíssimo para a enxaqueca”, explica a médica. “Ao longo do ciclo menstrual, a presença de estrogênio oscila no organismo. Quando a mulher está chegando perto da menstruação, a tendência é essa queda e, se houver uma predisposição, poderá ocorrer uma crise de enxaqueca.”

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Há, ainda, o agravante de a queda de estrogênio aumentar a vontade de comer doces – aquele chocolate redentor na TPM, sabe? –, e adivinha só? O excesso de açúcar no sangue também aumenta o risco de enxaqueca.

O estudo feito pela universidade do Reino Unido também verificou o aumento de incidência de enxaqueca nas mulheres na menopausa, justamente por causa da queda na produção de estrogênio.

Como identificar a enxaqueca antes de ir ao médico?

Além dos sintomas que mencionamos no começo da matéria, a enxaqueca uma característica que a torna inconfundível, como explica André Mansano, especialista em medicina da dor: “Os pacientes podem apresentar o fenômeno de aura, que usualmente antecede o quadro de dor de cabeça. Ele causa alterações visuais como o surgimento de pontos brilhantes ou escuros na visão.”

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No que diz respeito ao funcionamento do corpo, ele afirma que “acredita-se que as crises ocorram em razão da dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais.”

Como tratar a enxaqueca?

O tratamento para enxaqueca deve ser encaminhado por um médico especialista, mas, para aliviar os sintomas, Myrna recomenda o uso de ativos naturais, como o óleo de prímula, e muita ingestão de água. “A desidratação piora as dores de cabeça”, justifica.

Ela diz, ainda, que muitos casos de enxaqueca hormonal podem ser resolvidos com o uso de pílulas e implantes hormonais, mas o tipo e a dosagem devem ser determinados caso a caso. “Há quem piore com pílulas que contenham estrogênio e precise partir para as versões que tenham apenas progesterona. Só com um exame individualizado é possível determinar qual é a melhor para cada mulher”, finaliza a endocrinologista.

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