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Dieta da USP: tudo o que você precisa saber antes de encará-la

Quando a promessa de milagre é grande, a gente desconfia. E especialistas dizem que é, mesmo, para ficar alerta!

Por Karoline Gomes
Atualizado em 21 jan 2020, 22h08 - Publicado em 28 Maio 2015, 12h39
Thinkstock (/)
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Você já ouviu falar da Dieta da USP? Com o cardápio para a primeira semana formado basicamente por ovos, presunto e café, a dieta de emergência promete até 15 quilos a menos para quem a seguir por 15 dias.

Não à toa, mesmo tendo sido criada nos anos 90, ainda tem muita gente pesquisando e seguindo essa alimentação limitada. Mas quando a proposta parece ser tão milagrosa, é bom ficar atenta a possíveis ciladas. Falamos com especialistas para saber tudo sobre esta dieta e entender essa fama tão persistente há anos.

Por que a Dieta da USP faz tanto sucesso?

“Toda dieta que promete perda de peso rápida faz sucesso, porém, neste caso, as pessoas acreditam que ela esteja realmente vinculada às pesquisas da USP, o que a torna ainda mais atraente”, diz Camila Secches, especialista em nutrologia e professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina de Itajubá (MG).

Segundo a nutróloga, apesar do nome e da aparente credibilidade, a dieta não foi criada por pesquisadores da universidade e seus verdadeiros autores são desconhecidos.

Pra quem a dieta é recomendada?

A Dieta da USP é hipocalórica, ou seja, foca na diminuição drástica de calorias na alimentação. De acordo com a médica nutróloga Sílvia Corrêa da Fonseca, de São Paulo, “este tipo de dieta é recomendada apenas para obesos mórbidos ou pacientes hospitalizados por cerca de uma semana, dependendo de cada condição”.

Por ser altamente restritiva, Sílvia afirma que nenhum médico irá recomendá-la: “Muito menos podemos incentivar uma paciente a procurá-la na internet e copiar o cardápio”.

Mas a dieta funciona?

A nutróloga de São Paulo alerta que a perda de peso em um período tão curto é ilusória. Segundo a médica, quando o corpo não recebe a quantidade de carboidratos que precisa, ele depende mais dos outros nutrientes que são importantes para o seu funcionamento. “Ao subir na balança, você pode sentir uma redução, mas a troco de quê? De água corporal e massa magra, mas não de gordura”, esclarece.

Na verdade, a Dieta da USP pode causar até o efeito contrário ao emagrecimento e dificultar a perda de calorias diárias, como explica a professora de endocrinologia: “Seu corpo entende que você passou por um período de privação de energia e, para se proteger, reduz o gasto energético o quanto pode”.

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O que esperar depois dos 15 dias? 

Secches pontua ainda que, quando a dieta acaba, pode ocorrer um ganho de peso: “Quando você volta a se alimentar normalmente, o seu corpo tem avidez pelas calorias e nutrientes e quer armazená-los com a intenção de se programar para um novo possível período de escassez. Todo peso que foi perdido é rapidamente recuperado e, muitas vezes, o peso final é maior do que o peso anterior ao início da dieta”.

E Sílvia aconselha: “O recomendado para uma dieta de sucesso é a perda de meio quilo por semana, no máximo, em gordura”. 

Ela provoca efeitos colaterais?

As duas especialistas são unânimes ao afirmar que, seguindo o cardápio da Dieta da USP sem nenhum acompanhamento médico, a pessoa está sujeita a stress, mau humor, constipação intestinal, dor de cabeça, cansaço e tontura.

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