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Câncer de ovário: conheça os sintomas, o diagnóstico e o tratamento dessa doença

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo de tumor é difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Respondemos 11 perguntas a cerca do problema. Confira.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 14h40 - Publicado em 7 Maio 2014, 22h00

De acordo com o Inca, 3/4 dos tumores nos ovários são diagnosticados em estágio já avançado.
Foto: Getty Images

 

1. O que é essa doença?
O termo câncer de ovário é uma espécie de guarda-chuva sob o qual se abrigam diversas doenças. A mais frequente delas, o carcinoma de ovário, é também uma das mais agressivas: surge após a menopausa, embora comece a se desenvolver anos antes.

Os tumores de células germinativas afetam sobretudo adolescentes e mulheres mais jovens. Já os de cordões sexuais e os borderline (de baixo potencial de malignidade ou limítrofes) podem surgir em qualquer idade. Os prognósticos são melhores para os borderline, que acabam curados em mais de 90% dos casos.

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2. Quais são os sintomas?
Quatro sintomas podem levar a mulher a pesquisar a presença do câncer de ovário: inchaço ou aumento do volume abdominal, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para comer ou sensação rápida de saciedade e alterações urinárias, como a necessidade urgente ou frequente de ir ao banheiro. Apresentá-los quase diariamente por mais de três semanas justifica uma ida ao médico, sobretudo quando sinalizarem mudança no estado habitual de saúde.


3. Como é feito o diagnóstico?
Principalmente por meio de exames ginecológicos, como palpação abdominal e toque vaginal, e de imagens colhidas por ultrassom. Também é possível detectar a doença a partir do marcador tumoral CA 125, teste sanguíneo que dosa uma proteína produzida pelo câncer. Mas, segundo especialistas, embora seja útil para acompanhamento de tumores, o marcador não é muito confiável para diagnóstico inicial.


4. Cistos nos ovários viram câncer?
Felizmente não, porque uma em cada três mulheres em idade reprodutiva forma esses ”sacos” cheios de líquido. Mais de 80% constituem acidentes de percurso sem maiores consequências, por isso recebem o nome de cistos funcionais.

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Contudo, nem sempre é fácil distinguir um cisto inofensivo de um tumor maligno. Certas características avistadas no ultra-som aumentam a suspeita de câncer. ”A confirmação requer uma biópsia, isto é, uma análise microscópica de amostras do cisto”, informa o médico Jesus Paula Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


5. É possível fazer uma punção ou uma cirurgia não invasiva?
Na suspeita de câncer de ovário, tanto a punção (aspiração do conteúdo com agulha) quanto a cirurgia via laparoscópica devem ser descartadas.

Há perigo de disseminar as células malignas, facilitando o aparecimento de novos focos do tumor. Se os indícios forem fortes, recomenda-se uma cirurgia exploratória.

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6. Como é o tratamento?
O principal é a cirurgia para remoção dos tecidos, que será mais ou menos radical conforme o tamanho e a agressividade do tumor. Leva-se também em conta a idade da paciente.

Se ela não tiver filhos, procura-se preservar o outro ovário e o útero, desde que não haja risco de vida. Do contrário, pode-se congelar óvulos ou fragmentos sadios do ovário para uso futuro em fertilizações assistidas.

O tratamento envolve, ainda, quimioterapia, emprego de fármacos contra as células tumorais. Pode ser feita após a cirurgia, antes (se a intenção é reduzir o tamanho do tumor para aplicar uma técnica mais conservadora) ou durante. A quimioterapia intraoperatória é um método experimental em que as drogas são injetadas dentro do abdome, em temperatura normal ou elevada, para destruir células malignas.

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7. Quais são os fatores de risco
Histórico pessoal de câncer de mama e antecedente familiar. Mas, atenção, apenas 10% dos tumores são de origem genética. Os demais estão relacionados à exposição a agentes tóxicos (cigarro, agrotóxicos e uso regular de talco nos genitais) e estilo de vida, como mudanças na alimentação e em especial nos hábitos reprodutivos.

É bom lembrar que, no início do século 20, a mulher menstruava apenas 50 vezes na vida, porque casava cedo, tinha muitos filhos e passava longos períodos amamentando. Agora menstrua mais de 350 vezes porque retarda a gravidez, tem poucos filhos e amamenta menos. ”O câncer de ovário está relacionado ao número excessivo de ovulações”, explica o médico Jesus Carvalho.


8. Pílula anticoncepcional previne tumor?
Considera-se que ela tem efeito protetor porque suprime a ovulação. O emprego de pílula por mais de cinco anos faz a incidência de câncer de ovário cair 60%.

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9. A terapia de reposição hormonal tem o mesmo efeito protetor?
Não, porque nessa fase os ovários já encerraram a atividade. O que dá resultado é inibir a ovulação. Existe a suspeita de que a reposição hormonal cause alguns tipos de tumores mais raros.


10. Drogas para induzir a ovulação podem provocar esse tipo de câncer?
O citrato de clomifeno, empregado em tratamentos de fertilização assistida, foi colocado no banco de réus por hiperestimular os ovários e também porque se observaram vários casos entre as usuárias. Porém, diversos estudos sugerem que o ovário dessas mulheres já era mais propenso ao câncer antes mesmo de travar contato com a droga.


11. O que fazer quando existe risco de ser portadora de mutações genéticas?
A probabilidade de ter um câncer de ovário chega a 60% para quem possui mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2. Pode-se cogitar um acompanhamento rigoroso, uso de contraceptivos orais ou uma medida mais drástica: a retirada preventiva dos ovários.

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